Um professor de ciências biológicas da do Chipre anunciou, no último sábado (8), uma possível convergência da assinatura genética da variante ômicron do coronavírus, em genomas da variante delta. A origem da suposta nova variante poderia ser um paciente contaminado pelas duas cepas, de forma simultânea. A partir da interação de ambas no organismo infectado, teria surgido a Deltacron.

O autor da comunicação foi o professor Leondios Kostriki, cuja revelação foi feita em entrevista à Sigma TV. Na entrevista, ele afirmou que: “Atualmente existem coinfecções ômicron e delta, e encontramos essa cepa que é uma combinação dessas duas”. A partir da comunicação do pesquisador, surgiram dúvidas: estaríamos mesmo diante de uma nova variante do vírus?

A nova variante Deltacron, a princípio, poderia ser um erro causado pela contaminação das amostras em laboratório. A situação, porém, estava sendo investigada, até a suposta confirmação de um caso no Brasil que viajava na Europa.

O que se sabe sobre a Deltacron?

Como a cepa é nova e ainda carece de confirmação oficial, pouco se sabe sobre qual seu potencial de transmissibilidade ou até mesmo sobre a gravidade causada pela variante. De acordo com o Canal Tech, as descobertas vieram depois que as amostras foram processadas e passaram por vários procedimentos de sequenciamento. Em comunicado, divulgado no domingo (9), o cientista negou a existência de algum erro ou caso de contaminação no laboratório e defendeu a formação natural da nova cepa.

Com o surgimento e a identificação de novos casos da Deltacron, deve-se permitir uma análise e estudos mais precisos da situação, pelos cientistas. Os sintomas da suposta nova variante seriam praticamente os mesmos das outras variantes e do próprio vírus da Covid-19, semelhantes ao da e resfriado: dor de cabeça, febre, coriza, dor de garganta, espirro, tosse seca.

A brasileira Camila Fiorini, de 26 anos, teria sido diagnosticada com variante da covid. Ela testou positivo após uma viagem à Europa. Para voltar para o Brasil, a jornalista fez o teste e, devido à confirmação positiva, sua passagem foi adiada. A jovem começou a apresentar sintomas como febre, tosse e dor de garganta, e precisou ficar de quarentena. Camila já recebeu as duas doses da vacina, e passa bem.

(Com supervisão de Guilherme Cavalcante)