Pular para o conteúdo
Mundo

Biden e Otan descrevem Rússia como ameaça e definem China como desafio

No comunicado, a aliança atlântica subiu o tom sobre os riscos que representam as ambições militares de Pequim
Arquivo -
A pressão do governo dos EUA sobre a recebeu um reforço nesta segunda-feira (14), quando os 30 países que compõem a Otan declararam o crescimento do poder militar chinês como um “desafio” à segurança ocidental. No comunicado, divulgado após o encontro do grupo, em Bruxelas, a aliança atlântica subiu o tom sobre os riscos que representam as ambições militares de Pequim.

A Otan, formada na Guerra Fria, continua a ver no que descreve como “ações agressivas da Rússia” uma ameaça à “segurança atlântica”. O tom mais agressivo sobre a China, porém, foi a maior novidade da cúpula, a primeira com a presença de como presidente dos EUA. Nela, os aliados demonstraram preocupação com a “influência crescente” e com os “investimentos” militares chineses.

“As ambições declaradas e o comportamento assertivo da China apresentam desafios sistêmicos à ordem internacional baseada em regras e às áreas relevantes para a segurança da aliança atlântica”, afirmaram os países da Otan no comunicado divulgado após o encontro.

Os países-membros destacaram ainda o crescimento do arsenal nuclear da China e o fato de Pequim tratar de maneira “opaca” sua modernização militar, além de mencionar a cooperação entre chineses e russos. O orçamento militar da China é o segundo maior do mundo, atrás apenas do americano, mas tem crescido a um ritmo acelerado.

Antes de viajar ao Reino Unido e à Bélgica, onde se reuniu nos últimos dias com os líderes do G-7 e da Otan, Biden deixou claro que buscaria apoio entre velhos aliados para as cobranças feitas pela Casa Branca a Moscou e a Pequim. O democrata faz questão de demonstrar que o grupo de países ricos é capaz de oferecer respostas econômicas, políticas e militares para vencer o que classifica como uma batalha entre e autoritarismo.

Às margens do encontro, Biden aproveitou para agradecer aos líderes de Estônia, Letônia e Lituânia por barrarem a entrada da chinesa Huawei no mercado de tecnologia 5G, uma cruzada empreendida pelos americanos ao redor do mundo sob o argumento de defesa da segurança nacional.

Em um aceno à diplomacia, no entanto, os integrantes da Otan disseram que pretendem continuar a trabalhar com a China e não classificaram o país como uma ameaça, termo usado para tratar da Rússia.

Biden também conversou com aliados sobre o encontro que terá na quinta-feira, em Genebra, com o presidente russo, Vladimir Putin Questionado por jornalistas, ele disse que não divulgaria a estratégia para a reunião. “O que vou transmitir ao presidente Putin é que não estou procurando um conflito com a Rússia, mas que responderemos se o país continuar com suas atividades ameaçadoras”, afirmou. “Não deixaremos de defender a aliança atlântica ou de defender os valores democráticos.”

Biden, diferentemente de seu antecessor, Donald Trump, demonstra apreço pela Otan e disse que a aliança é “inabalável”. “É um compromisso sagrado”, afirmou. Em seu governo, Trump reclamou dos custos da Otan e queixou-se que os europeus não pagavam suficiente para manter a organização.

Apesar de Biden ter tentado demonstrar unidade, nem todo mundo da Otan concorda com a pressão sobre a China. Alguns países, como a Hungria, têm relações fortes com Pequim e buscam investimentos chineses. Outros, como a Alemanha, ficam no meio do caminho, entre a necessidade de trabalhar com a China no combate às mudanças climáticas e o dever de controlar suas ambições globais. Outros acreditam que o foco excessivo na China desvia a atenção da missão central da aliança contra a Rússia.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Perseguição na MS-180 termina com traficante abandonando carro  com maconha avaliada em R$ 2 milhões

VÍDEO: Suspeito de atropelar irmãos em bicicleta elétrica é preso em MS

Auxiliar de Manutenção

Seleção com 300 vagas para auxiliar de manutenção encerra inscrições nesta sexta

Grávida, ex-Fazenda Raissa Barbosa cai de escada e é hospitalizada

Notícias mais lidas agora

vereadora luiza diretor cpi

Luiza pede demissão de presidente da Agetran que deixou de cobrar multas do Consórcio Guaicurus

empresário hrms

Justiça nega pedido de prisão, mas pede uso de tornozeleira para empresário acusado de desvio no HRMS

Empresa pivô de escândalo de corrupção em MT já fechou R$ 69,2 milhões em contratos em MS

Inscrições abertas para o vestibular de inverno da Uniderp

Últimas Notícias

Brasil

‘Ser superior’; Lula discursa em velório de ex-presidente Mujica

Para o brasileiro, ex-presidente uruguaio era "mais do que um político"

Polícia

Esposa confessa que esfaqueou Ronaldo acidentalmente e polícia de MS aguarda laudo

Suspeita disse que mentiu sobre o crime por medo de contas às avós

Cotidiano

Servidores estaduais terão 5% de reajuste valendo a partir de maio

Estão inclusos os servidores inativos, militares inativos, pensionistas, servidores efetivos e comissionados

MidiaMAIS

‘Do Sul, a Vingança’ mistura ação, comédia, faroeste e volta de David Cardoso ao cinema

Filme tornou-se um marco por ser o primeiro produzido no Mato Grosso do Sul a alcançar o circuito comercial