O governo da Áustria, uma das nações menos vacinadas da Europa Ocidental, disse que vai implementar medidas de bloqueio para as pessoas que não foram imunizadas contra o coronavírus, para tentar frear a disparada de infecções e hospitalizações nos últimos dias. O chanceler Alexander Schallenberg disse na quinta-feira (11) que um bloqueio para os não vacinados será “inevitável” e que eles enfrentariam um inverno e um Natal desconfortáveis, de acordo com a emissora pública austríaca.
A Áustria registrou na quarta-feira (10) uma média móvel de sete dias de cerca de 9.100 novos casos, ante pouco menos de 5.500 na quarta-feira anterior, de acordo com Our World in Data, que rastreia números publicamente disponíveis. A média de sete dias de mortes por covid aumentou 60% no mesmo período. Sua nova contagem de casos para cada milhão de pessoas é mais do que o dobro da dos vizinhos Alemanha e Suíça.
A Áustria já aumentou algumas restrições. A partir de segunda-feira, a prova de vacinação ou recuperação recente de covid-19 será necessária para participar de eventos com 25 ou mais pessoas, hotéis, cabeleireiros e muitos restaurantes e locais de entretenimento, de acordo com o governo.
Em um esforço para encorajar mais cidadãos a serem vacinados, pessoas parcialmente imunizadas com teste negativo para o vírus ainda podem entrar nesses locais até 5 de dezembro.
A Áustria vacinou totalmente cerca de 63% de sua população contra o coronavírus, de acordo com o Our World in Data, o que significa que cerca de 3 milhões de pessoas não estão totalmente imunizadas. Sua taxa de vacinação é superior à dos Estados Unidos, embora inferior à da União Europeia.
As autoridades europeias estão preocupadas com o ressurgimento do vírus no continente à medida que o inverno se aproxima. Oito dos dez países que registraram o maior número de novas infecções por cem mil pessoas durante a última semana estão na Europa, de acordo com dados do Washington Post.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse na quarta-feira que a Europa é a única região onde os casos e as mortes por coronavírus estão aumentando. Hans Kluge, diretor da OMS para a Europa, alertou que, sem ação, outras 500.000 pessoas podem morrer até fevereiro, informou a Associated Press. (Com agências internacionais).