A afirmou hoje (29) ter destruído uma “instalação de armas químicas” do regime de Damasco no da , em resposta aos ataques aéreos que, na quinta-feira (27), mataram mais de 34 militares turcos.

Na noite de sexta-feira para sábado, as forças turcas destruíram “uma instalação de armas químicas situada a 13 quilômetros ao sul de Alepo, juntamente com um grande número de outros alvos do regime”, disse um alto funcionário turco sob condição de anonimato, sem dar mais detalhes à imprensa.

Entretanto, o Observatório Sírio de (OSDH), uma organização não governamental com sede em Londres, disse que Ancara havia atingido o aeroporto militar de Kweires, localizado a leste de Alepo, onde, explicou, não há armas químicas armazenadas.

O regime da Síria tem sido repetidamente acusado de utilizar armas químicas desde o início do conflito em 2011, alegações sempre negadas.

Bombardeios matam mais de 34 soldados turcos

Os novos ataques turcos seguiram-se à morte de pelo menos 34 soldados turcos em bombardeios atribuídos por Ancara ao regime do presidente Bashar al-Assad na região de Idlib, no noroeste da Síria, na quinta-feira. Como retaliação, Ancara alega ter bombardeado muitos dos alvos do regime.

Esta escalada entre Ancara e Damasco parece ter agravado igualmente as relações entre a e a Rússia, um dos principais apoiadores do regime sírio.
Na sexta-feira, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, e o presidente russo Vladimir Putin mantiveram uma conversa telefônica durante a qual expressaram “preocupação” mútua sobre a situação.

Os dois líderes poderão encontrar-se em Moscou na próxima semana, de acordo com o Kremlin.

Nas últimas semanas, Erdogan tem apelado repetidamente às forças sírias para que se retirem de certas áreas em Idlib até ao fim de fevereiro, prazo que expira à meia-noite deste sábado.

O regime sírio, apoiado por Moscou, tem conduzido uma ofensiva desde dezembro para retomar a província de Idlib, o último reduto rebelde e “jihadista” no país.

O conflito na Síria já causou mais de 380 mil mortes desde 2011 e milhares de refugiados e deslocados.