O presidente da , Vladimir disse hoje, em entrevista à TV russa, que o direito de as repúblicas se retirarem da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) era uma “bomba-relógio”, e que seu país deve evitar “tais erros”. As informações são da agência de notícias russa Tass.

De acordo com Putin, a Constituição Soviética incluía uma tese de Vladimir Lenin de que as repúblicas tinham direito de se retirar da URSS. “Essa foi uma bomba-relógio colocada em 1922 quando a União Soviética foi estabelecida”, disse o presidente. Ele acrescentou que esse direito foi incluído em outras constituições soviéticas em 1924, 1936 e em 1977. “Certamente, devemos evitar essas coisas”, disse Putin.

“Estou absolutamente convencido de que estamos fazendo a coisa certa ao passar emendas à atual constituição. Elas vão fortalecer nosso Estado e criar condições para um desenvolvimento consistente para nosso país por anos”, disse o presidente russo.

O procedimento da retirada da URSS não foi regulado, de acordo com Putin. “Surge a questão: O que fazer se a república se unir à URSS, mas levasse em sua uma enorme porção de terras russas, territórios tradicionalmente russos, e então, de repente, decidisse deixar a União”, indagou o presidente. “Então, deve partir como veio em vez de arrastar ‘presentes' do povo russo. Nada disso foi escrito”, disse.

Na última sexta-feira, a Comissão Elétrica Central do país confirmou o resultado de uma votação nacional sobre emendas à constituição russa. A Tass afirma que, de acordo com o documento, 77,92% dos que votaram apoiaram as emendas na lei, enquanto 21,27% se opuseram à ideia. Uma das emendas inclui uma punição à “alienação” de territórios russos. (Com agências internacionais)