Ministério da Saúde monitora síndrome em crianças associada à covid-19
O Ministério da Saúde informou que está monitorando uma nova doença que atinge crianças e pode estar relacionada à covid-19. O órgão emitiu alertas e disse estar em diálogo com as secretarias estaduais e municipais de Saúde. Ainda não há evidências de que uma cause a outra, mas as autoridades avaliam a evolução da síndrome […]
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O Ministério da Saúde informou que está monitorando uma nova doença que atinge crianças e pode estar relacionada à covid-19. O órgão emitiu alertas e disse estar em diálogo com as secretarias estaduais e municipais de Saúde. Ainda não há evidências de que uma cause a outra, mas as autoridades avaliam a evolução da síndrome no país.
A síndrome inflamatória multissistêmica (SIM-P) ocorre em crianças de 7 meses a 16 anos. De acordo com o Ministério da Saúde, até julho foram notificados 71 casos, sendo 29 no Ceará, 22 no Rio de Janeiro, 18 no Pará e 2 no Piauí. Foram identificadas também três mortes no Rio de Janeiro. No mundo, até o momento foram relatados mais de 300 casos, em países como Espanha, França, Itália, Canadá e Estados Unidos.
Conforme as informações das secretarias de Saúde, parte dos pacientes apresentavam infecção pelo novo coronavírus ou tiveram covid-19 anteriormente.
A SIM-P tem como sintomas febre duradoura juntamente com outras manifestações como pressão baixa, conjuntivite, manchas no corpo, diarreia, dor no abdômen, náuseas, vômitos e problemas respiratórios.
Vários destes coincidem com sintomas da covid-19, como febre, problemas respiratórios, manchas no corpo, diarreia e conjuntivite.
Nota de alerta
Em 20 de maio, a Sociedade Brasileira de Pediatria lançou uma nota de alerta com critérios para identificar os casos de SIM-P, entre os quais: paciente com febre persistente, marcadores laboratoriais de atividade inflamatória, com exclusão de outras causas infecciosas. A presença do coronavírus não seria obrigatória, sendo mais comum a presença de anticorpos.
A abordagem terapêutica, segundo a SBP, envolve o uso apropriado de EPI, terapia com antibióticos de acordo com os processos locais, coleta de exames complementares (como hemogramas com plaquetas, urina tipo 1 e eletrólito com bioquímica completa), painel viral respiratório, monitoração cardiorrespiratória precoce e monitoração também rigorosa dos casos de envolvimento miocárdico.
Estudos
O Instituto Evandro Chagas (IEC), no Pará, iniciou um estudo para avaliar a relação entre a síndrome inflamatória multissistêmica e a covid-19 em crianças. Os pesquisadores avaliam 11 crianças com idades entre 7 meses e 11 anos.
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