Um estudo publicado nessa segunda-feira (11) pelo Journal of the American Medical Association (JAMA) aponta que a hidroxicloroquina () não é capaz de evitar mortes relacionadas ao e ainda pode causar problemas no coração, tanto sozinha como quando associada à azitromicina.

O estudo foi conduzido em 25 hospitais do Estado de Nova York e 1.438 pacientes foram avaliados pelos pesquisadores, a maioria (59,7%) formada por homens com 63 anos, em média. Apenas pessoas que estavam internadas há pelo menos 24 horas entre 15 e 28 de março foram consideradas elegíveis.

Os pacientes foram divididos em quatro grupos: o primeiro foi tratado apenas com hidroxicloroquina; o segundo, só com azitromicina; o terceiro, com ambos os medicamentos; o último, com nenhum dos dois. Aqueles que foram medicados (com cloroquina, azitromicina ou os dois) ficaram mais propensos a desenvolver problemas como diabetes, baixa saturação de oxigênio e manchas anormais nos pulmões.

Dos que receberam ambos os medicamentos, 15,5% registraram paradas respiratórias e 27,1%, anormalidades nos eletrocardiogramas. A proporção é de 13,7% e 27,3%, respectivamente, entre os pacientes medicados só com hidroxicloroquina; 6,2% e 16,1% entre os que receberam azitromicina; e 6,8% e 14% entre os que não foram medicados com nenhum dos dois.

Ainda de acordo com a pesquisa, em comparação com os pacientes que não receberam nenhum dos medicamentos, não houve diferenças significativas na mortalidade daqueles que foram tratados com hidroxicloroquina, azitromicina ou ambos.

“Entre os pacientes hospitalizados com , o tratamento com hidroxicloroquina, azitromicina ou os dois não foi associado à diminuição significativa da mortalidade”, concluíram os cientistas norte-americanos, acrescentando que os resultados da pesquisa podem ser limitados por sua natureza observacional.