Convocadas pelo autoproclamado presidente interino da , , centenas de pessoas se reuniram em Caracas com velas nas mãos em vigília para homenagear as vítimas da repressão militar que estavam nos protestos contra o governo de Nicolás . Esperado, Guaidó não compareceu à atividade.

Acompanhado pela mulher, Carolina, as filhas Sara e Sofia, e a sobrinha Nazaré, o comerciante Paulo Matías disse que ainda há muita gente com medo da repressão do regime de Nicolás Maduro. “Não tem mais gente porque as pessoas estão com medo do que aconteceu outro dia em Altamira”, afirmou o empresário, carregando a filha menor nos ombros.

O Deputado Richard Blanco disse que “o ato foi também por 47 pessoas que morreram nestes anos de repressão, 937 pessoas presas, segundo relatório de Direitos Humanos, e pela saída de Nicolás Maduro, que é um presidente inconstitucional”.

O padre Wilfredo Corniel, que já viveu no Brasil, celebrou parte do ato religioso. Ele disse ao ‘Estado' que todos foram convocados pelo autodeclarado presidente interino Juan Gaudó “para rezar pelas pessoas que faleceram nos protestos, para que cesse a violência de Estado contra os manifestantes”. Também “contra a usurpação, pela paz e por um governo de transição”.

Para o religioso, o Estado venezuelano não pode apoiar grupos paramilitares para que matem manifestantes. “Chega de derramamento de sangue pelo governo.” Ele trabalha na paróquia São Miguel Arcanjo, numa das favelas de Caracas, com cerca de 120 mil pessoas. “É uma favela muito perigosa”, disse./COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS