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Após morte de indígenas, Greta Thunberg relaciona genocídio ao desflorestamento

A jovem ativista sueca Greta Thunberg, um dos principais nomes pela luta contra os efeitos das mudanças climáticas, afirmou neste domingo (8) que os povos indígenas do Brasil estão sendo assassinados por proteger as florestas. A declaração vem um dia após um ataque a tiros ter deixado duas mortes e dois feridos no Maranhão. “Os […]
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A ativista Greta Thunberg | Foto: Reprodução
A ativista Greta Thunberg | Foto: Reprodução

A jovem ativista sueca Greta Thunberg, um dos principais nomes pela luta contra os efeitos das mudanças climáticas, afirmou neste domingo (8) que os povos indígenas do Brasil estão sendo assassinados por proteger as florestas. A declaração vem um dia após um ataque a tiros ter deixado duas mortes e dois feridos no Maranhão.

“Os povos indígenas estão sendo literalmente assassinados por tentar proteger as florestas do desmatamento. Repetidamente. É vergonhoso que o mundo permaneça calado sobre isso”, escreveu Greta, que compartilhou uma notícia da Al Jazeera reportando o atentado.

No início da tarde de sábado, 7, dois índios da etnia guajajara morreram após atentado a balas às margens da BR-226, no município de Jenipapo dos Vieiras, no Maranhão, 500 quilômetros ao sul da capital São Luís. De acordo com a Fundação Nacional do Índio (Funai), os indígenas foram atingidos por tiros disparados por ocupantes de um veículo. Antes, em 1º de novembro, Paulo Paulino Guajajara foi morto em uma emboscada na Terra Indígena Arariboia (MA) quando realizava uma ronda contra invasões.

Greta Thunberg iniciou em agosto de 2018 um movimento que passou a inspirar jovens ao redor do mundo quando começou a faltar às aulas nas sextas-feiras, o Fridays for Future, para pedir ações mais efetivas do governo sueco contra as mudanças climáticas.

Em setembro, às vésperas da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas, a greve do clima atraiu 4 milhões de pessoas em mais de 100 países. Em Nova York, com a liderança de Greta, foram cerca de 250 mil pessoas. Foi também na ONU que a jovem proferiu seu discurso mais contundente até então, quando disse que os jovens não perdoariam os líderes mundiais se eles falhassem com essa geração.

Repercussão

A ex-ministra do Marina Silva afirmou que o “banho de sangue” exige uma resposta firme e urgente das autoridades brasileiras. “O de dois indígenas Guajajara não pode ficar impune. É preciso conter a barbárie e chegar aos responsáveis por esses atos criminosos. Minha solidariedade ao povo Guajajara”, escreveu em seu Twitter.

No sábado, a líder indígena Sônia Guajajara disse que é hora de dar um basta nas mortes. “Me preocupa a explosão de violência e intolerância na Amazônia. Esses três assassinatos em 35 dias no Maranhão não podem ser considerados crimes isolados. São casos articulados e fomentados por essa onda de incitação ao ódio em curso no Brasil”, afirmou à reportagem.

A deputada federal Joênia Wapichana (Rede-RR), líder da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Direitos dos Povos Indígenas, comentou que a situação é urgente e ligou o aumento da violência à impunidade. “A violência está crescendo porque não há punição”, disse.

Ela defendeu que a Polícia Federal e a atuem provisoriamente para garantir a segurança da região, mas pediu uma atuação contínua e permanente, com maior fiscalização. “É essencial que se crie uma base de proteção contra essa violência orquestrada”.

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