O Vaticano divulgou nesta segunda-feira (30) o aceite do Papa Francisco ao pedido de renúncia do arcebispo australiano Philip Wilson, condenado a 12 meses de prisão por acobertar os abusos sexuais cometidos pelo padre Jim Fletcher na década de 70.
Apesar de negar as acusações, o próprio religioso já havia pedido afastamento das funções em maio, alegando tempo para analisar o veredito que o considerou culpado pela omissão diante de casos relacionados a abusos sexuais contra menores de idade ocorridos em 1976.
Investigações
Philip já havia sido investigado por casos semelhantes ocorridos em 1985 e 1995. O primeiro caso foi a omissão do arcebispo perante os abusos do padre Dennis McAlinden, da Diocese de Maitland-Newcastle, contra duas meninas. Nessa época, Philip era vigário geral na diocese.
Dez anos depois, Dennis McAlinden foi novamente acusado de abusar de cinco meninas menores de 10 anos. Após receber as declarações das vítimas, Philip Wilson as devolveu ao bispo McAlinden, sem nenhuma deliberação a respeito.
Em maio de 2010, outra vítima o apontou por se omitir diante de abusos cometidos pelo padre James Fletcher, também da diocese de Maitland-Newcastle. Na época, a vítima disse que Philip dividia a casa com o pedófilo, e que não tinha como o religioso não saber dos abusos que aconteciam.
