O Egito condenou 75 pessoas à pena de morte e mais de 600 à prisão neste sábado (8) por participação em um protesto da Irmandade pró-muçulmana na praça Rabaa Adawiya, no Cairo, em 2013, que causou a morte de centenas de pessoas pelas forças de segurança. A Anistia Internacional foi contra a decisão e a classificou como como desonrosa.
A condenação incluiu líderes islâmicos e os crimes apontados no julgamento foram de assassinato e incitação à violência. O governo egípcio afirmou que os manifestantes portavam armas e, ainda, ocasionaram a morte de oito membros das forças de seguranças.
Foi determinado como pena de morte enforcamento, sendo condenados líderes da Irmandade Muçulmana Essam al-Erian e vários superiores islamistas. O líder espiritual da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badie, foi condenado a prisão perpétua.
Parecer da ONU
A ONU (Organização das Nações Unidas) pediu que o Egito suspensa a decisão. Segundo nota da comissária para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, a organização espera que “a Corte de Apelação egípcia reveja seu veredicto de maneira que os princípios internacionais de justiça sejam respeitados”.