Região de Ghouta Oriental, subúrbio de Damasco

De surpresa, o presidente Donald Trump anunciou na noite de sexta-feira um ataque militar à Síria, com lançamentos de mísseis contra o programa de armas químicas do regime em resposta ao suposto ataque químico em Douma, na região de Ghouta Oriental, subúrbio de Damasco. Os ataques têm o apoio militar da França e do Reino Unido.Donald Trump anuncia ataques aéreos na Síria com apoio do Reino Unido e França

Segundo Trump, mísseis de precisão atingiram instalações de armas químicas no país árabe.

 

Em discurso pela TV, Trump se dirigiu diretamente ao Irã e a Rússia, que apoiam o governo de Bashar al-Assad, e perguntou “que tipo de nação quer estar associada diretamente com matanças massivas de homens, mulheres e crianças”.

— A ação de hoje é uma retaliação ao apoio da Rússia e do Irã — afirmou Trump em pronunciamento.

Segundo testemunhas, explosões são ouvidas em Damasco.

O suposto crime gerou forte reação mundial contra o regime do presidente sírio Bashar al-Assad — acusado de estar por trás da ofensiva, ainda que não haja confirmação dos responsáveis.

Inspetores da Organização para Proibição de Armas Químicas (Opaq) estão previstos para chegar na Síria e começar a trabalhar em Douma neste sábado. A cidade, na região que era ocupada por rebeldes e foi retomada pelo regime sírio, teria sido alvo de um suposto ataque químico em 7 de abril, ainda sem confirmação, nem indicação de responsáveis pelo crime. Além de coletar amostras, os agentes vão procurar outras pistas que possam confirmar ou não ou uso de armas químicas na ofensiva. No entanto, a organização não é encarregada de encontrar um culpado.

 

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— Agências de inteligência de um Estado que agora está se esforçando para liderar uma campanha russofóbica estão envolvidas nessa invenção — acusou o chanceler russo, Sergei Lavrov, sem citar nomes.