Moscou é um dos principais apoiadores do presidente sírio

A disse nesta sexta-feira (6) que está retirando seu porta-aviões e alguns outros navios de guerra das águas ao largo da como o 1º passo na retirada das forças de segurança da Síria, segundo a Associated Press.

O transportador Almirante Kuznetsov e os navios de acompanhamento serão os primeiros a partir, informou o chefe do Estado-Maior Geral russo, General Valery Gerasimov.

A agência estatal de notícias Tass divulgou um comunicado que afirma: “de acordo com a decisão do comandante supremo, Vladimir Putin, o Ministério da Defesa está começando a reduzir o número de forças armadas na Síria”, ainda de acordo com a AP.

Vladimir Putin anunciou, em dezembro, um acordo de cessar-fogo entre o regime sírio e a oposição armada na Síria. Nesta semana, facções rebeldes rejeitaram a proposta apresentada pelo governo Assad para que entreguem suas armas e se retirem das populações de Yalda, Babila e Beit Sahem, que ficam ao sul da capital Damasco.

Moscou é um dos principais apoiadores do governo e das forças do presidente sírio, Bashar al-Assad, na devastadora guerra civil no Oriente Médio.

Desde 2015

A Rússia começou a fazer ataques aéreos na Síria em 30 de setembro de 2015. A medida afetou o equilíbrio de forças no país, já que, apesar de terem como alvo comum o Estado Islâmico, a Rússia e os Estados Unidos apoiam forças diferentes no conflito.

Enquanto o governo russo apoia o presidente sírio, Bashar al-Assad, as forças ocidentais dão suporte a grupos de rebeldes locais, que são contrários a Assad.

O Ministério da Defesa dizia que o alvo do ataque era o grupo Estado Islâmico, mas organizações não-governamentais diziam que as tropas russas visavam também os opositores de Bashar al-Assad.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos estima que ao todo, 3.943 civis morreram na Síria em 2016 por ataques da aviação russa no país.