Proposta foi fortemente rejeitada

O ministro alemão do Interior, Thomas de Maizière, do círculo de Angela Merkel, provocou um escândalo entre os conservadores neste sábado depois de questionar sobre a pertinência de um feriado muçulmano no país.

A ideia, proposta pelo ministro há dois dias em um comício, foi fortemente rejeitada neste sábado pelo partido CSU, aliado dos conservadores da chanceler.

“Nossa herança não é negociável”, disse Alexander Dobrindt, um peso-pesado do partido, na coluna do jornal Bild. “Introduzir um feriado do Islã na Alemanha: de nenhuma maneira”, acrescentou.

“Não vejo nenhuma razão convincente” de instituir tal feriado, pois a Alemanha é de tradição judaico-cristã e não muçulmana, declarou no mesmo jornal um membro do partido democrata-cristão CDU.

Ministro alemão causa escândalo ao propôr feriado muçulmano

O candidato local da CDU revelou imediatamente que não compartilha de nenhuma maneira da opinião do ministro.

No entanto, o presidente do SPD, Martin Schulz, reagiu de maneira positiva: “temos que pensar na proposta”, declarou neste sábado.

Antes das eleições legislativas de 24 de setembro, Maizière advogou pelo respeito dos imigrantes a uma “cultura de referência” (“Leitkultur”), termo usado pelos extremistas de direita.

O partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD) ingressou nas últimas legislativas no Bundestag, o que causou consternação na Alemanha.