Foi preso durante uma blitz da PRF
A Itália está tentando negociar a extradição de Cesare Battisti após a sua prisão nesta quarta-feira (4), em Corumbá- distante 444 quilômetros de Campo Grande, quando tentava chegar até a Bolívia.
Ministro italiano de Relações Exteriores, Angelino Alfana afirmou que tentam levar Battisti para a Itália e entrega-lo a Justiça. O último pedido de extradição feito foi no dia 25 de setembro, e por causa, do pedido é que Battisti estaria tentando fugir para a Bolívia.
Battisti foi preso durante uma blitz feita pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) ao tentar chegar a Bolívia. Ele carregava R$ 10 mil sem declarar a Polícia Federal. Hoje (quinta) deve ser decidido se ele poderá pagar fiança e ser solto.
Cesare, hoje aos 62 anos, foi condenado pela justiça italiana em 1987 por terrorismo, com restrição de luz solar, pelo suposto envolvimento em quatro homicídios, além de assaltos e outros delitos menores. É considerado terrorista pelo Estado italiano, embora o delito de terrorismo não seja tipificado na legislação italiana.
Depois da condenação, Battista, que também é ativista de extrema esquerda, integrante do PAC (Proletários Armados pelo Comunismo), viveu na França, país que negou, por duas vezes, pedidos de extradição feitos pela Itália. Pouco depois de 2004, o terrorista fugiu para o Brasil e o STF autorizou o procedimento em 2009.
Em razão da extradição ser autorizada apenas mediante decreto, em dezembro de 2009 o então presidente Lula (PT) decidiu pela não extradição de Cesare, que na época estava detido no Complexo Penitenciário da Papuda. A soltura dele veio por meio de decisão do STF em junho de 2011. Desde então, ele vivia em liberdade no Brasil.
(Com informações G1)