Viajantes chegaram em vários aeroportos
Cidadãos do Iraque, Irã, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen começaram a desembarcar em solo estadunidense na noite deste sábado (4), no horário de Brasília, depois que um tribunal federal dos Estados Unidos suspendeu em todo o país, na sexta-feira (3), o polêmico decreto migratório do presidente Donald Trump, que proibia a entrada, durante três meses, de cidadãos dos sete países de maioria muçulmana, assim como a de todos os refugiados, durante 120 dias.
Em vários países, imigrantes que moram há anos nos Estados Unidos, mas se viram impedidos de voltar para o país depois da ordem executiva de Trump, aproveitaram a decisão judicial para antecipar o retorno.
Foi o caso de Ammar Alnajjar, um estudante do Iêmen de 24 anos. À agência de notícias Associated Press (AP), Alnajjar contou que tem visto de residência permanente nos EUA (o greencard), mas que estava na Turquia visitando sua noiva.
Ele acabou interrompendo a viagem, que duraria três meses, e disse ter gasto mil dólares para comprar uma passagem de última hora e embarcar rumo à América do Norte.
“Preciso estudar. Preciso trabalhar”, afirmou Alnajjar, que aterrissou no Aeroporto Internacional JFK, em Nova York, e foi recebido pelo primo, Fahd Alfakih.
Segundo os jornais “The Washington Post” e “Los Angeles Times”, viajantes iranianos também desembarcaram no Aeroporto Internacional de Logan, na cidade de Boston, e no LAX, o Aeroporto Internacional de Los Angeles, neste sábado.
