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Ataque da coalizão contra centro de refugiados mata 33 civis na Síria

Apenas duas pessoas foram resgatadas com vida
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Apenas duas pessoas foram resgatadas com vida

Ao menos 33 civis morreram na em um bombardeio aéreo da coalizão antijihadista sob comando americano contra uma escola usada como centro para refugiados internos, informou nesta quarta-feira a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

De acordo com o OSDH, o ataque aconteceu na terça-feira ao sul de Al-Mansura, uma cidade controlada pelo grupo extremista (EI) na província de Raqa.

“Confirmamos que 33 pessoas morreram. Eram deslocados de Raqa, Aleppo e Homs”, afirmou o diretor da ONG, Rami Abdel Rahman.

“Ainda estão retirando corpos dos escombros. Apenas duas pessoas foram resgatadas com vida”, completou.

O OSDH, que tem sede no Reino Unido mas conta com uma ampla rede de fontes na Síria, atribuiu a autoria do ataque, explicou, pelo tipo de avião utilizado, sua localização e munição empregada.

“Raqa is Being Slaughtered Silently”, um grupo ativista que divulga informações a partir de Raqa, também informou sobre o bombardeio.

“A escola atacada abrigava quase 50 famílias de deslocados”, afirmou o grupo.

Raqa é um reduto do grupo Estado Islâmico, que controla boa parte da província de mesmo nome.

As Forças Democráticas Sírias (FDS), uma aliança árabe-curda apoiada pela coalizão internacional, executam uma ofensiva para tentar reconquistar Raqa.

A coalizão internacional, que também ataca os extremistas no Iraque, admitiu no início de março que provocou a morte de pelo menos 220 civis desde 2014 nos dois países. Alguns especialistas afirmam que o número é muito maior.

– Coalização reunida –

Em Washingotn, os 68 países que lutam contra o EI no Iraque e na Síria se reúnem para discutir como acabar com os extremistas – promessa feita pelo presidente Donald Trump -, apesar da fragilidade da coalizão por divergências estratégicas.

O encontro representa um batismo de fogo para o discreto secretário de Estado americano, Rex Tillerson, que receberá dezenas colegas estrangeiros, muitos deles preocupados com o risco de unilateralismo do governo Trump.

O presidente americano foi eleito com base em um programa nacionalista e isolacionista. Ele pretende aumentar o orçamento da defesa em 10%, ao mesmo tempo que reduz em 28% os recursos para a diplomacia.

Neste contexto, ele solicitou ao Pentágono um plano completo com o objetivo de acabar com o EI e “erradicar do planeta este inimigo abominável”.

Ao receber na segunda-feira na Casa Branca o primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, Trump reafirmou sua determinação de “se livrar” da organização sunita extremista, ao mesmo tempo que elogiou os progressos das forças de Bagdá para retomar Mossul, a segunda maior cidade do Iraque.

Abadi pediu que os Estados Unidos “acelerem” sua ajuda, lançando uma alfinetada ao ex-presidente Barack Obama considerando seu sucessor “mais envolvido” na luta contra o terrorismo.

As forças iraquianas, apoiadas pela coalizão internacional sob comando americano, lançaram em 17 de outubro a ofensiva para retomar Mossul, último grande reduto do EI no Iraque. Após reconquistar a zona leste em janeiro, os militares conduzem desde 19 de fevereiro de uma operação no oeste da cidade.

No Pentágono, estima-se que a vitória é inevitável em Mossul, embora combates intensos ainda sejam previstos no centro histórico.

Quanto à Síria, a capital autoproclamada dos extremistas, Raqa, está praticamente isolada, com as principais vias de comunicação cortadas pelas forças curdo-árabes aliadas da coalizão.

Os militares americanos acreditam que em breve o EI não poderá mais controlar esse reduto no vale do Eufrates.

No total, o Pentágono estima que o grupo perdeu 65% dos territórios que detinha em seu apogeu em 2014.

Ainda assim, a coalizão está enfraquecida por divergências entre alguns países membros sobre a estratégia a adotar.

Por exemplo, os Estados Unidos e a Turquia discordam sobre a força que deve liderar o assalto final a Raqa. Os turcos não querem a participação das milícias curdas YPG, consideradas pelo Pentágono como as mais eficazes e preparadas para retomar rapidamente Raqa.

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