Governo sírio repudiou a ação, que foi apoiada pelos EUA

Tanques turcos entraram no norte da nesta quarta-feira (24), como parte de uma ação anunciada pelo governo da , que alega ter como alvo o grupo autointitulado Estado Islâmico. O governo sírio repudiou a ação por nota.

De acordo com a rede norte-americana CNN, o objetivo da ocupação turca é proteger a fronteira entre o país e a Síria, área que vem sendo supostamente utilizada por militantes de organizações terroristas.

O governo de Bashar Al Assad, citado pela agência portuguesa Lusa, afirmou em nota que considera a ação “uma violação flagrante da soberania síria”. O documento ainda cita a cobertura aérea feita pela coligação liderada pelos EUA, para colaborar com a operação do Exército turco.

Guerra Fria

O presidente sírio é aliado da coligação liderada pela Rússia, que conta com as próprias Forças Armadas da Síria e do Irã, enquanto a Turquia, que é membro da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), é apoiada pelo grupo comandado pelos EUA.

Ambos seguem em ataques paralelos ao Estado Islâmico. A investida turca aumenta a tensão no que já vem sendo chamado de “nova Guerra Fria”, ou seja, a reedição da disputa bélica indireta entre norte-americanos e russos.

É a segunda vez que a Turquia realiza ações militares em solo sírio. Em novembro de 2015, um caça russo foi derrubado pelo Exército turco próximo à fronteira.