Proposta já resultou em violentos protestos e paralisação de vários setores

O governo de François Hollande, presidente francês, anunciou na terça-feira (5) que deve iniciar o projeto da , que tem gerado violentos protestos e paralisação em todo o país, sem consultar o Parlamento.

De acordo com a agência de notícias francesa AFP, o governo alega que recorrerá ao artigo 49-3 da Constituição, onde são permitidos decretos sem o voto dos deputados, como havia sido realizado na primeira leitura do texto relativo ao projeto.

“Este país está muito acostumado ao desemprego em massa”, afirmou o premiê Manuel Valls, na Assembleia Nacional Francesa. Ele afirma estar agindo “em favor do interesse geral da ” e que não há intransigência em seu modo de agir.

Os protestos contra o projeto de reforma trabalhista já se arrastam por cerca de quatro meses. Manifestações de rua têm mobilizado milhares de pessoas e a onda de greves atinge os setores petrolífero, nuclear, metalúrgico, educacional, de correios e de segurança.

Os manifestantes alegam que a proposta do governo Hollande procura diminuir os direitos trabalhistas, diminuindo os pagamentos por horas extra, aumentando as cargas horárias e facilitando as demissões sem justa causa.