John Ridsdel estava raptado desde setembro de 2015
O Exército das Filipinas confirmou na noite da última terça-feira (25) a morte do canadense John Ridsdel, que havia sido sequestrado por membros de um grupo extremista e mantido como refém no sul do país, desde setembro de 2015.
Sua cabeça foi encontrada decapitada na ilha de Jolo, cinco horas após o prazo de pagamento de seu resgate expirar.
O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, declarou que condena ‘sem reservas a brutalidade dos sequestradores’ e a ‘morte desnecessária’ de Ridsdel, que havia atuado como executivo de mineração no Canadá e passava as férias nas Filipinas.
“Este foi um acto de homicídio a sangue frio cuja responsabilidade pertence unicamente ao grupo terrorista que o tomou por refém”, disse o chanceler canadense.
Ridsdel havia sido raptado por membros da organização terrorista Abu Sayyaf, ligada à Al Qaeda, no dia 21 de setembro, na ilha de Samal, próximo à cidade de Davao. O grupo é dividido em diversas facções, e seus militantes já reivindicaram a autoria de diversos ataques, como um em 2004 que deixou 116 mortos.
O governo filipino, que segue uma política de não-negociação com grupos extremistas, instruiu as autoridades canadenses a não fazerem contatos com o Abu Sayyaf. Dick Gordon, presidente da Cruz Vermelha, teria sido chamado por militantes do grupo para negociar, mas se recusou.