Papa pede compreensão com aqueles que não conseguem cumprir os “ideais do Evangelho”

Em um documento chamado “A Alegria do Amor”, divulgado nesta sexta-feira (8), o Papa Francisco pediu mais compreensão das igrejas católicas com as famílias em situação “irregular”. Gays, lésbicas, divorciados, entre outros, devem ser “acolhidos e acompanhados com paciência e delicadeza”, segundo o líder católico. Os fiéis também não devem “atirar pedras” contra aqueles que “não conseguem viver de acordo com ideais de casamento e vida familiar do Evangelho”, destacou a Associated Press.

O texto de 256 páginas é resultado de dois sínodos e intensos ciclos de consulta da igreja católica realizados no Vaticano para discutir a família moderna, ressaltando inúmeras razões pelas quais os casais decidem conviver, de acordo com seu contexto social e cultural. Mas o documento rejeita “os projetos de equiparação das uniões entre pessoas homossexuais com o matrimônio”, segundo a France Presse e a Reuters.

As recomendações às igrejas também incluem que se reconheçam os “sinais de amor” e “uniões de fato” entre os casais modernos. O Papa ainda ressalta que os divorciados “não estão excomungados” e que devem ser recebidos pela comunidade da igreja. Os separados não devem se sentir discriminados pelos fiéis, pois suas situações requerem um “atento discernimento”

Francisco tem lutado para mostrar aos católicos que a consciência individual deve ser o princípio para acompanhar as mudanças de paradigmas de família, sexo e casamento. Seu discurso favorável a reinclusão dos divorciados na comunidade da igreja já vinha sendo praticado desde agosto do ano passado, quando pediu que os fiéis não os tratassem como excomungados.