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Novos donos de mansão de Escobar buscam ‘segredos’ em casa demolida

Descobriram um cofre da mansão
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Descobriram um cofre da mansão

Um casal americano resolveu investir quase US$ 10 milhões  (R$ 41 milhões) para comprar uma mansão em Miami Beach, na Flórida (EUA). Mas não se trata de uma casa qualquer: ela pertenceu ao traficante colombiano Pablo Escobar.

Christian Berdouare é dono de uma rede de restaurantes e sua esposa, Jennifer Valoppi, é ex-apresentadora da emissora NBC e vencedora de vários prêmios Emmy por investigações jornalísticas.

No último dia 20 de janeiro, eles decidiram, literalmente, pôr abaixo a casa que compraram. Depois da demolição, restaram apenas os escombros daquela que havia sido a moradia, em uma das praias mais famosas do mundo, de Escobar, o traficante que morreu em 1993 em uma operação conjunta da polícia com o Exército colombiano.

Mas agora Berdouare e Valoppi estão de olho no que esses escombros podem revelar – inclusive dinheiro ou drogas.

Tudo começou poucos dias após o início da demolição, quando o casal decidiu chamar a polícia ao descobrir que um cofre da mansão havia sido roubado. Um dos empregados da equipe de demolição disse tê-lo visto dias antes escondido atrás de uma escada.

Berdouare e Valoppi começaram a suspeitar da presença de outros elementos que, quem sabe, pudessem pertencer ao narcotraficante mais famoso da Colômbia. Por isso, contrataram uma equipe especializada para buscar eventuais estoques de dólares, joias ou drogas que possam estar escondidos dentro da casa ou enterrados no , como era costume do cartel de Medellín.

Pacote suspeito

“Contratamos uma equipe de especialistas com detectores de metais, e eles encontraram no quarto de hóspedes algo que parecia ser um pacote de cocaína”, disse Berdouare à BBC.

A polícia finalmente descartou que a substância desconhecida fosse um narcótico, mas a simples descoberta motivou os novos donos a procurar o que mais poderia haver na casa do traficante, um dos dez homens mais ricos do mundo em 1989, segundo a revista Forbes.

Estima-se que Escobar tenha controlado até 80% de toda a cocaína que entrava nos Estados Unidos durante as décadas de 1970 e 1980.

Sua organização criminosa, o cartel de Medellín, iniciou os negócios nos Estados Unidos depois de uma parceria com Griselda Blanco, a quem se atribui o estabelecimento das primeiras rotas de narcotráfico por Miami.

“Se chegarmos a encontrar dinheiro, ele será nosso, segundo às leis do Estado. E se acharmos drogas ou outra coisa ilegal, reportaremos às autoridades imediatamente”, disse Berdouare.

 

A ideia final do casal, segundo Valoppi, é construir uma mansão mais moderna sobre a discreta casa rosa localizada em uma das zonas mais ricas de Miami.

Propriedades de Escobar

A casa rosa que pertenceu a Pablo Escobar fica em um bairro exclusivo de Miami Beach, onde casas custam milhões de dólares. A mansão havia sido comprada pelo colombiano por US$ 762.500 em 1980.

“Os criminosos a princípio não temiam colocar suas propriedades nos seus nomes porque as autoridades não tinham recursos para rastreá-las”, disse à BBC Mark Schnapp, ex-chefe da Divisão Criminal do Gabinete do Procurador dos EUA para o sul da Flórida durante a década de 1980.

No entanto, àquela altura as autoridades americanas já haviam colocado Escobar na lista dos criminosos mais procurados do país. Por isso, os americanos firmaram um tratado de extradição com a Colômbia em 1979 para julgar Escobar sob acusações de tráficos de drogas em território americano.

A partir de 1986, segundo Schnapp, instituições como a Agência Antidrogas dos Estados Unidos (DEA, pela sigla em inglês), o condado de Miami Dade e a Patrulha da Fronteira uniram forças para acabar com essas “mansões narco”.

O cartel de Medellín, de acordo com reportagem de 1988 da revista colombiana Semana, era dono de um várias propriedades avaliadas em cerca de US$ 500 milhões no sul da Flórida.

A casa de quatro quartos, seis banheiros e uma estratégica saída para o mar foi uma das apreendidas pela DEA em 1987, como parte de uma ofensiva contra Escobar.

Não se sabe que tipo de atividades aconteciam na casa do traficante, nem há arquivos fotográficos que comprovem que ele efetivamente esteve ali algum dia. Os novos donos da mansão, porém, preferem acreditar que sim.

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