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Na caverna mais profunda já explorada, mergulhadores se arriscam para resgatar corpos

Profissionais perderam dois amigos no local
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Profissionais perderam dois amigos no local

Em um vale na região central da Noruega, mergulhadores arriscam a vida em um rio de 35 metros de largura para resgatar os corpos de amigos que morreram em uma caverna a mais de 100 metros de profundidade. Apesar de desaconselhados por autoridades, os profissionais de mergulho enfrentaram o risco, descendo pelas águas escuras e glaciais.

De acordo com o portal online da rede BBC, os dois mortos pertenciam a um grupo de cinco finlandeses que se conheciam de outras incursões, na mina de Ojamo, próxima à capital Hensinki. Nenhum dos membros do grupo tinha comando geral sobre ele, mas Patrik Gronqvist foi o primeiro deles a mergulhar, junto ao amigo Jari Huotarinen, que enfrentava o percurso pela primeira vez.

O caminho duraria cerca de cinco horas, com a ajuda de veículos para propulsão chamados de scooters. A profundidade no local chega a 130 metros. “A parte mais funda é muito exigente, água muito gelada e túneis estreitos, e é o bolsão mais profundo já explorado”, afirma Gronqvist.

Depois de cerca de uma hora de percurso, Gronqvist notou que seu amigo não estava mais atrás dele, como quando partiram. Ele voltou, viu Huotarinen preso e enrolado a um cabo de seu equipamento, sinalizando com uma lanterna, para pedir ajuda. Grongvist deu um cilindro de oxigênio ao colega, mas Huotarinen começou a engolir água e morreu em sua frente.

Depois do acidente fatal, o mergulhador Rantanen – outro membro da incursão – também notou que Jari Uusimaki, o mergulhador atrás dele, estava precisando de ajuda. A polícia norueguesa viria a afirmar que, provavelmente, ele entrou em pânico ao ver o outro colega morrendo, e assim acabou sofrendo o acidente.

Kai Kankanen, último mergulhador, tentou ajudar Uusimaki e não conseguiu. Mas diferente do colega, decidiu não completar o percurso e voltar. Ele voltou a nado até o ponto de partida, onde apareceu no dia seguinte, mais de 11 horas após ter saído. Quando chegou, ainda teve de quebrar uma camada fina de gelo formada enquanto ele mergulhava.

Resgate

Em março de 2014, uma equipe de 27 pessoas decidiu ignorar as recomendações de autoridades policiais, e se aventurou na caverna em busca dos dois companheiros mortos. Entre eles, estavam Gronqvist, Paakkarinen e Kankanen, sobreviventes da incursão. Vesa Rantanen, também presente no mergulho onde ocorreu a tragédia, foi o coordenador em superfície.

As lanternas dos mergulhadores mostram, em filmagem, as bordas das paredes da caverna, e logo é possível ver o corpo de Jari Uusimaki flutuando. Depois, cerca de 20 metros para a frente, encontram  Jari Huotarinen, onde havia sido deixado por Grongvist, sete semanas antes do resgate dos corpos.

No terceiro dia, começa de fato o resgate, com os mergulhadores descendo mais uma vez a camada de gelo, com a companhia de cinegrafistas que registram o momento. A missão, finalmente, estava cumprida. Tratava-se de uma promessa às famílias dos mortos.

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