Internet não perdoa trocadilho com PPK, presidente do Peru recém eleito

Sigla do novo presidente gerou memes no Brasil

A notícia é séria: quatro dias após o início da corrida de segundo turno das eleições presidenciais no Peru, o ONPE (Escritório Nacional de Processos Eleitorais) informou a vitória de Pedro Pablo Kuczynski, o PPK, por uma margem mínima: 50,12% contra 49,88% de Keiko Fujimori – filha do ex-ditador – hoje preso – Alberto Fujimori.

Mas, no Brasil, desde o anúncio da candidatura do ex-ministro da Economia, o que tem chamado a atenção de internautas é outra coisa: Kuczynski é conhecido pelas iniciais de seu nome, ou seja, PPK, que também batiza a coligação que o lançou como candidato (‘Peruanos Por el Kambio’, ou seja, ‘Peruanos Pela Mudança’, mas com a inicial de ‘cambio’ mudada para coincidir com a sigla do nome do político).

Os usuários não perdoaram, com diversas piadas, inclusive pela margem de votos de pouco mais de 50%, já que PPK vai comandar o Peru depois de um resultado apertado.

Vitória sobre o Fujimorismo

Outro fato curioso na eleição peruana foi que os partidos e movimentos de esquerda uniram-se em torno de PPK, mesmo ele sendo um liberal de centro-direita. Isso ocorre porque a candidata derrotada, Keiko Fujimori, representa o setor mais conservador da sociedade peruana.

Ela conquistou quase metade dos votos devido a seu pai, o ex-ditador ainda popular em muitos setores, Alberto Fujimori. Preso desde 2005 por corrupção e crimes contra a humanidade, ele é conhecido por uma gestão altamente repressiva que perseguiu, torturou e matou milhares de opositores, entre 1990 e 2000.

Em 1992, Fujimori deu um golpe de Estado contra seu próprio governo, fechando o Congresso peruano, e declarando guerra contra inimigos políticos, a guerrilha comunista do Sendero Luminoso e o narcotráfico. Saudosistas atribuem a seu mandato a redução da criminalidade e o crescimento econômico, e Keiko aproveitou disso para angariar grande quantidade de votos.

(Com supervisão de Guilherme Cavalcante)