Jo Cox foi assassinada na quinta-feira durante uma manifestação

Após o assassinato da deputada britânica Jo Cox, em uma manifestação pela permanência do na UE (União Europeia) na última quinta-feira (16), as autoridades locais trabalham com a possibilidade de ligação entre o homem apontado como autor do crime e grupos neonazistas. Cox, do Partido Trabalhista, levou um tiro e em seguida foi esfaqueada em Birstall, Inglaterra.

O homem, cuja identidade não foi revelada, foi detido após o ataque e testemunhas afirmam que ele teria gritado “Grã-Bretanha em primeiro lugar!”, possível referência a um partido de extrema direita que defende a saída do Reino Unido em relação à UE, de acordo com o jornal espanhol El País.

A ONG britânica Southern Poverty Law Centre, ligada a direitos civis, afirma que o atirador teria sido identificado como Thomas Mair e tem uma ‘longa história com o nacionalismo branco'.

“De acordo com os arquivos obtidos pelo Southern Poverty Law Centre, Mair era um adepto devoto da Aliança Nacional, que durante décadas foi a organização neonazista mais importante dos Estados Unidos”, informou a ONG em sua página da internet. O texto ainda afirma que “Mair gastou mais de 620 dólares (550 euros) em material de leitura da Aliança Nacional, grupo que apelou à criação de uma nação povoada exclusivamente por brancos e à erradicação do povo judeu”.

Jo Cox tinha 41 anos e era conhecida por sua defesa aos direitos dos refugiados, além de ser se engajado na campanha pela permanência do Reino Unido na UE. O plebiscito que decide se o país continua ou não no bloco ocorre na próxima quinta-feira (23). As campanhas foram interrompidas, de ambos os lados, devido à morte da parlamentar.

(Sob supervisão de Daiane Libero)