‘Knoxville News Sentinel' informou que não conseguiu verificar veracidade de relato

No último domingo (11) o jornal americano “Knoxville News Sentinel” publicou a história de um homem que atua como papai noel, que teve um menino em estado terminal morrendo em seus braços. A matéria que tem como principal fonte o próprio “”, Eric Schmitt-Matzen, está levantando dúvidas sobre o relato.

Em nota no final da tarde desta quarta-feira (14), o Knoxville News Sentinel afirma que após públicar a história, tentou verificar a veracidade dos fatos por outros meios além do relato de Schmitt-Matzen. A história viralizou nas redes sociais e foi reproduzida por inúmeros veículos de imprensa mundial.

Eric Schmitt-Matzen contou que recebeu uma ligação de uma enfermeira dizendo que um menino de 5 anos internado num hospital gostaria de ver o Papai Noel. O homem relatou que correu para o local e ficou sozinho com o garoto em estado terminal.

“Envolvi meus braços em torno dele. Antes que pudesse dizer qualquer coisa, ele morreu ali mesmo. Deixei ele ficar, apenas abraçado”, contou Schmitt-Matzen.

“Schmitt-Matzen não tinha procurado o ‘News Sentinel' originalmente com a história. A informação veio ao jornal indiretamente através de uma fonte conhecida, e Schmitt-Matzen foi então contactado e perguntado sobre o incidente. No momento da entrevista inicial, ele disse que tinha prometido proteger as identidades da família da criança e da enfermeira que o convocou para a cama do hospital”, escreveram em nota, o editor do jornal, Jack McElroy, e o colunista Sam Venable, que produziu a reportagem original. Em outras entrevistas, Schmitt-Matzen continuou a manter sua versão.

“Desde a publicação, o ‘News Sentinel' fez investigação adicional na tentativa de verificar de forma independente o relato de Schmitt-Matzen, sem sucesso”, dizem os jornalistas. “A história de trazer um presente a uma criança à beira da morte permanece sem ter a veracidade comprovada. O News Sentinel não pode estabelecer que o relato de Schmitt-Matzen é impreciso, mas, mais importante que isso, a reportagem não conseguiu estabelecer que seja verídico”, informa o comunicado de McElroy e Venable. “Como a história não atende aos padrões de verificação do jornal, não corroboramos mais a veracidade do relato de Schmitt-Matzen”, concluem.