Região foi considerada filipina pela Corte Internacional de Justiça
O governo chinês ordenou a realização de uma série de exercícios aéreos e aquáticos, para intensificar a ocupação militar sobre a região do Mar do Sul da China, disputada com as Filipinas.
A ordem, divulgada pelo jornal chinês Global Times, é feita pouco mais de uma semana após o Tribunal Permanente de Arbitragem de Haia decidir contra a China no processo internacional sobre qual dos dois países teria direito sobre a região.
A Marinha chinesa começou uma série de manobras, na terça-feira (19), próximas à ilha de Hainan, pertencente à China. O Partido Comunista já havia anunciado que, qualquer que fosse a decisão do Tribunal internacional, a ocupação militar continuaria.
A agência estatal russa Sputnik afirma que navios da Marinha norte-americana conduziram “manobras provocativas” nas águas do Mar do Sul da China, e que bombardeiros B-52 dos EUA sobrevoaram a região, sob alegação de “missões habituais”.
Na última sexta-feira (15), a Força Aérea da China enviou um bombardeiro nuclear Xian H-6K para o local. A informação foi confirmada pelo porta-voz do Exército, Shen Jinke. Segundo ele, o objetivo era realizar “treinamentos de combate”.
Autoridades internacionais sabiam que a China dificilmente aceitaria fechar acordo e alertaram para o risco que isso poderia trazer. “Se Pequim não for cautelosa e, em vez disso, tomar decisões que aumentem os riscos, estas poderão rapidamente criar novas ameaças à ordem marítima regional”, disse Jonathan Pollack, do Instituto Brookings, no mesmo dia da sentença.