Menino-bomba teria sido recrutado pelo Estado Islâmico

As autoridades da tentam identificar, na manhã desta segunda-feira (22), o autor do ataque que matou 51 pessoas e deixou dezenas de feridos em um casamento na cidade de Gaziantep, na noite de sábado (20). Testemunhas afirmam que o terrorista teria entre 12 e 14 anos.

De acordo com a rede portuguesa RTP, das 51 vítimas fatais, 22 eram menores de 14 anos, como o próprio suicida. O presidente Recep Tayyip Erdogan atribui a autoria do atentado ao grupo terrorista autointitulado Estado Islâmico.

Os noivos sobreviveram ao ataque, mas segundo a agência de notícias turca Dogan, permanecem em estado de choque. Dentre os mortos, 44 foram identificados. Alguns foram velados no domingo (21).

Erdogan afirma que o Estado Islâmico tem “se posicionado” na região sudeste da Turquia, onde está localizada a cidade em que ocorreu o atentado, a cerca de 60km com a Síria. As baixas no território sírio podem ter motivado membros da organização jihadista a atravessar a fronteira.

As investigações apuram se o menino-bomba a quem se atribui o ataque teria saído da Síria. O jornal turco Hurriyet informa que testes de DNA já estão em curso para identificar o autor do ataque suicida. Especula-se que os recentes atentados na Turquia sejam represália às ações do governo contra o jihadismo.

O editorialista do Hurriyet, citado pela RTP, diz que “a organização organização extremista de Abu Bakr al-Baghdadi já dispõe de células ativas não só em Gaziantep mas até mesmo em Istambul”. Segundo ele, os turcos pagam “o preço de uma batalha contra o Estado Islâmico”.