Pular para o conteúdo
Mundo

Após tentativa de golpe militar, Turquia decidirá sobre pena de morte

Primeiro-ministro afirmou que 7.543 pessoas foram presas
Arquivo -

Primeiro-ministro afirmou que 7.543 pessoas foram presas

O presidente da , Recep Tayyip Erdogan, afirmou nesta segunda-feira (18) que cabe ao Parlamento do país decidir se restabelece a pena de morte. Mas, se assim for definido, ele tornaria lei essa medida, informou a rede de TV CNN.

“Caberá ao Parlamento tomar uma decisão… Como presidente aprovarei qualquer decisão que sair do Parlamento”, disse Erdogan em entrevista à rede CNN, segundo versão traduzida pela TV da declaração do presidente.

A Turquia suspendeu a pena capital em 2004 como parte de iniciativas para poder entrar na União Europeia, mas os apelos para que seja restabelecida aumentaram depois de uma tentativa fracassada de golpe militar na sexta-feira, que deixou um saldo de mais de 200 mortos.

A chefe de política externa da União Europeia, Federica Mogherini, já afirmou nesta segunda que a Turquia não poderá integrar o bloco europeu caso reintroduza a pena de morte. “Deixe-me ser clara em uma coisa: nenhum país pode se tornar um estado membro da UE se introduz a pena de morte”, disse Mogherini.

Erdogan havia dito no domingo que não deveria haver nenhum atraso no uso da pena de morte no país após a tentativa de golpe.Erdogan também pediu que seus seguidores continuem a protestar contra a tentativa de golpe nas ruas e nas praças até sexta-feira (22), dizendo que a ameaça contra ele não está completamente eliminada.

O primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, afirmou nesta segunda-feira que 7.543 pessoas foram presas, incluindo 6.038 soldados, por supostas ligações com a tentativa de golpe, segundo a Reuters. Cerca de 8 mil policiais foram afastados de suas funções em todo o país, incluindo Istambul e Ancara.
 
Gulen

No sábado, o presidente turco pediu a Barack Obama que extradite Fethullah Gulen, clérigo exilado nos Estados Unidos e apontado por Erdogan como promotor da tentativa de golpe. “Ou vocês deportam Gulen ou o entregam para nós”, afirmou em pronunciamento. Ele também disse que depois da extradição do “mentor do terror”, “muita coisa irá mudar na Turquia”.

Gulen, de 75 anos, já foi aliado de Erdogan e atualmente vive na Pensilvânia. Ele foi exilado nos Estados Unidos em 1999, depois de ter sido acusado de traição na Turquia. Ele lidera o Hizmet, movimento político-religioso que se mantém crítico ao regime de Erdogan.

O clérigo nega envolvimento na tentativa de golpe. “Como alguém que sofreu múltiplos golpes militares durante as últimas cinco décadas, é especialmente insultante ser acusado de ter alguma relação com esta tentativa”, afirmou, em comunicado divulgado na última madrugada. “Nunca enxerguem uma intervenção militar como algo positivo, a democracia não pode ser alcançada dessa forma”, afirmou Gulen à população turca. Quase 3 mil magistrados foram afastados por provável ligação com o clérigo.

Os Estados Unidos pediram provas do envolvimento de Gulen com a tentativa de golpe e afirmaram que irão ajudar nas investigações. Também divulgaram um comunicado neste sábado: “O presidente (Obama) e sua equipe lamentam a perda de vidas humanas e destacam a necessidade vital para todas as partes na Turquia de agir respeitando o Estado de direito e evitar qualquer ação que possa gerar novos episódios de violência ou instabilidade.”

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Câmara de Dourados contrata empresa por R$ 40 mil para auditar obra paralisada

Deputado Lucas de Lima é autor do projeto de lei

Projeto de lei quer criação de núcleo de estudos sobre maus-tratos e abandono de animais em MS

Oruam é preso no RJ após ser indiciado por sete crimes: ‘Eu errei’

animais cras

De volta à natureza: animais tratados no CRAS são soltos no Pantanal de MS

Notícias mais lidas agora

MS alega na Justiça que chineses receberam incentivos para megaindústria, mas abandonaram área

Defesa promete que Bolsonaro ficará calado e alega desdobramento incontrolável nas redes

Saiba quem são os vereadores eleitos em Ladário. (Foto: Arquivo)

‘Mensalinho’: Justiça confirma condenação de ex-prefeito, secretários e vereadores em MS

Bolsa Família: beneficiários com NIS final 4 recebem parcela de julho nesta quarta-feira

Últimas Notícias

Emprego e Concurso

Está na lista? Prefeitura convoca aprovados em seleção que ofertou 188 vagas em Campo Grande

O certame ofertou vagas para jornalista, pintor, eletricista, contador e diversas outras funções

Esportes

Onde assistir: Brasileirão tem seis confrontos com disputa eletrizante pela liderança nesta quarta

Líder, Cruzeiro visita o Corinthians, enquanto Flamengo e Bragantino seguem na cola

Transparência

MS alega na Justiça que chineses receberam incentivos para megaindústria, mas abandonaram área

BBCA recusa devolver área de R$ 10 milhões que ganhou do município de Maracaju

Polícia

Tortura e humilhação: mulheres denunciam pai de santo de terreiro em Campo Grande

Irmãs de santo tiveram as mãos queimadas com pólvora