Ação ocorreu em museu de cidade de Mossul, tomada pelos jihadistas

O EI () divulgou, nesta quinta-feira (26/02), um vídeo em que integrantes do grupo jihadista aparecem destruindo diversas estátuas e esculturas com mais de três mil anos com marretas.

O material era parte do patrimônio cultural da civilização assíria, que habitou o norte do Iraque e da Síria desde o século X a.C. Cidadãos assírios, que compõem a minoria católica no Iraque também estão sendo perseguidos.

No vídeo, um homem afirma que as estátuas estão sendo destruídas porque promovem a idolatria. “O profeta [Maomé] ordenou que desfizéssemos das estátuas e relíquias”.

As estátuas destruídas são parte da coleção do museu de Mossul, capital da província de Nínive e que é controlada pelo EI desde junho de 2014. O touro alado, que ilustra moedas iranianas desde 1950, também ficou em ruínas. 

Esta não é a primeira vez que o grupo promove este tipo de ação. Recentemente, o diretor da biblioteca pública de Mossul, Ghanim al-Ta'na, disse ao site Fiscal Times que os jihadistas queimaram a biblioteca pública da cidade, onde se encontravam mais de oito mil livros raros e manuscritos antigos.

Um professor da Universidade de Mossul disse à AP que a destruição da biblioteca teve início no começo deste mês. Há também relatos de que cerca de dois mil livros foram transportados de lá.

Antiga capital do império Assírio, Mossul tem 1.791 sítios arqueológicos registrados.