No nordeste, 33 pessoas morreram em um atentado suicida 

A , mergulhada em um conflito interno que já deixou 215 mil mortos em quatro anos, foi palco de vários ataques nas últimas 24 horas, que deixaram mais de 100 mortos, informou nesta sexta-feira o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). Na localidade de Hasaka, no nordeste da Síria, na zona de fronteira com a Turquia, 33 pessoas morreram em um atentado suicida em uma festa na véspera da celebração do Ano Novo curdo, em uma ação ainda não reivindicada. 

“No total, 33 pessoas morreram no ataque suicida em Hasaka, incluindo cinco crianças e muitas mulheres”, disse à AFP o diretor da OSDH, Rami Abdel Rahman. Segundo a ONG, outro ataque em Hasaka deixou dezenas de feridos. A província de Hasaka é estratégica por sua proximidade com a Turquia, e também com o Iraque. Na cidade operam forças do regime sírio e combatentes curdos das Unidades de Proteção do Povo (YPG), enquanto os jihadistas controlam várias regiões da província. 

Os curdos combatem o grupo Estado Islâmico (EI) em várias frentes na região, e em janeiro conseguiram expulsar os jihadistas de Kobane, após meses de luta sangrenta. Ainda segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, mais de 70 soldados do regime de Damasco morreram em ataques do EI na Síria nas últimas 24 horas. Os ataques atingiram postos de controle e posições das forças do governo sírio nas províncias de Homs e Hama, informou Abdel Rahmane.

O OSDH acrescentou que vários membros do EI morreram nos ataques, mas não precisou o número de baixas entre os jihadistas. “Nos últimos meses, o EI sofreu várias derrotas nas províncias de Aleppo, Raqa e Hasaka diante das tropas do regime e das forças curdas, e agora tenta recuperar este terreno”, explicou Abdel Rahman.