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Rebeldes pedem negociação de paz e exigem fim de bombardeios no Iêmen

Houthis propõem que diálogo seja mediado pela ONU
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Houthis propõem que diálogo seja mediado pela ONU

O grupo rebelde Houthi, que domina a capital e outras regiões estratégicas do Iêmen, pediu a realização de negociações de paz lideradas pela ONU, mas colocou como condição uma pausa completa de um mês de ataques aéreos sauditas contra o grupo.

“Nós pedimos — após o fim completo da agressão brutal no Iêmen e total desmantelamento do bloqueio a seu povo — a retomada de diálogos políticos sob a proteção das Nações Unidas”, disse o porta-voz do movimento, Mohammed Adbul-Salam, em sua página no Facebook.

Uma primeira rodada de negociações entre os rebeldes e o governo do presidente Abdu Rabu Mansour Hadi fracassou em janeiro, após os houthis atacarem o palácio presidencial, em Sanaa.

A declaração vem depois de a aliança árabe, liderada pela Arábia Saudita, anunciar na terça-feira que iria encerrar sua campanha de bombardeios aéreos, mas que iria continuar tendo os houthis como alvos caso fosse necessário, e iria impor um bloqueio aéreo e marítimo para impedir o envio de armas ao grupo.

Forças rivais, no entanto, continuaram se enfrentando no Iêmen nesta quarta-feira, mostrando como poderá ser difícil encontrar uma solução política para uma guerra que desperta animosidades entre os sauditas e o Irã, que apoia os houthis.

O anúncio de terça-feira de que Riad iria encerrar seus ataques aéreos gerou reações positivas da Casa Branca e de Teerã, assim como novos pedidos de conversas de paz e de entrega urgente de ajuda humanitária.

Mas horas depois, combatentes houthis capturaram o complexo de uma brigada do Exército leal ao governo na cidade de Taiz, no Centro do país, após combates intensos. Os sauditas realizaram uma ofensiva aérea contra a sede da brigada pouco depois, disseram moradores.

A brigada, assim como várias outras formações, declarou sua lealdade ao presidente iemenita, Abd-Rabbu Mansour Hadi, exilado na Arábia Saudita, abrindo uma nova frente no conflito contra os houthis.

No final da terça-feira, milicianos no Sul do Iêmen disseram que irão continuar a enfrentar os houthis até expulsá-los da região, apesar de Riad ter afirmado que sua campanha de um mês contra a etnia já cumpriu seu objetivo.

MILICIANOS E HOUTHIS SE ENFRENTAM NO SUL

Moradores do Sul e houthis combateram nesta quarta-feira nos arredores da cidade de Dalea, bastião de separatistas no sul iemenita que mudou de mãos várias vezes durante o conflito.

“Esta frente não irá parar de lutar até que todo o sul seja purificado dos houthis e das forças pró-(ex-presidente iemenita Ali Abdullah) Saleh”, afirmou um comunicado de um grupo chamado Movimento de Resistência do Sul.

O movimento congrega civis da região, ex-oficiais do Exército e membros de um movimento secessionista do sul para enfrentar os houthis, que por sua vez lutam ao lado de tropas leais a Saleh.

O próprio Saleh saudou o anúncio saudita e pediu a retomada do diálogo político, de acordo com uma declaração em sua conta de Twitter.

A Arábia Saudita disse que irá iniciar uma nova fase chamada “Operação Recuperando a Esperança”, na qual ações políticas, diplomáticas e militares serão combinadas, mas tendo como foco o processo político.

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