Pular para o conteúdo
Mundo

Papa diz que pena de morte é fracasso do Estado de Direito

Ele disse que espera que a comissão continue a lutar para abolir a pena de morte
Arquivo -

Ele disse que espera que a comissão continue a lutar para abolir a pena de morte

O afirmou nesta sexta-feira (20) que “a pena de morte é o fracasso do Estado de Direito”, em uma carta que entregou ao presidente da Comissão Internacional contra a Pena de Morte, durante audiência no Vaticano.

Francisco, que se reuniu com Federico Mayor Zaragoza e uma delegação da comissão, agradeceu no documento “o compromisso por um mundo livre da pena de morte e pela contribuição para o estabelecimento de uma moratória universal das execuções, tendo em vista a abolição da pena capital”.

Na carta, o papa afirma que para o Estado de Direito “a pena de morte representa um fracasso, porque obriga a matar em nome da justiça” e porque “nunca haverá justiça com a morte de um ser humano”.

Francisco lembrou que “a pena de morte perde toda a legitimidade devido à seletividade do sistema penal e perante a possibilidade do erro judicial”.

A pena capital é “um recurso frequente de regimes totalitários e grupos de fanáticos, usado para o extermínio de dissidentes políticos, de minorias e de qualquer pessoa considerada perigosa, ou que possa ser percebida como ameaça ao poder ou à consecução dos seus fins”, destacou.

“Como nos primeiros séculos, também atualmente a Igreja [Católica] sofre com a aplicação dessa pena aos seus novos mártires”, observou.

Para o papa, quando se aplica a pena de morte “mata-se pessoas não por agressões atuais, mas por crimes cometidos no passado. É aplicada a pessoas cuja capacidade de fazer mal não é atual, mas que já foi neutralizada, e que estão privadas de liberdade”.

“Atualmente, a pena de morte é inadmissível, por muito grave que tenha sido o delito do condenado. É uma ofensa à inviolabilidade da vida e da dignidade da pessoa, que contradiz o desígnio de Deus”.

“Não traz justiça às vítimas, mas fomenta a vingança”, acrescentou Francisco.

O papa também considerou “uma tortura” e um “tratamento cruel, desumano e degradante” a espera entre a sentença e a aplicação da pena, que pode se prolongar por vários anos.

Na carta, Francisco referiu-se ainda à prisão perpétua que, como já havia feito em outras ocasiões, definiu como “uma pena de morte disfarçada”.

Ele disse que espera que a comissão continue a lutar para abolir a pena de morte e que “as ações empreendidas sejam acertadas e frutíferas”.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais
Imagem ilustrativa

ÁUDIO: vítima liga para a PMMS e finge pedir remédio para denunciar violência doméstica

Segurança de escola é investigado por compartilhar material de abuso sexual infantil no Maria Aparecida Pedrossian

Operário está no Rio de Janeiro para desafiar o Flamengo pela terceira fase da Copa do Brasil

Dólar encerra estável com espera pela resposta de Trump à prisão de Bolsonaro

Notícias mais lidas agora

Justiça nega novo pedido do Consórcio Guaicurus de reajustar tarifa para R$ 7,79

Condenados por receber propina, delegados são demitidos da Polícia Civil de MS

Scenarium: Uma entrega à altura do cenário mais emblemático de Campo Grande

Eduardo Bolsonaro quer sanções à mulher de Moraes e punição a Motta e Alcolumbre

Últimas Notícias

Cotidiano

Programa irá oferecer energia solar gratuita para proprietários de imóveis em Campo Grande

Podem ser beneficiados proprietários de imóveis com renda familiar de até 5 salários mínimos

Cotidiano

Programa ‘Bônus Sonho de Morar’ oferece subsídio para entrada da casa própria

Benefício que varia de R$ 4 a R$ 20 mil será concedido a famílias que adquirirem um imóvel durante o 9º Feirão Habita Campo Grande, que acontece de 7 a 22 de agosto

Cotidiano

Com 79 mil contratações, Campo Grande registra saldo positivo de 6,3 mil novos cargos em MS

Dados são referentes ao primeiro semestre de 2025

Política

Adriane Lopes critica prisão de Bolsonaro: “Injustiças não contribuirão para a solução de nada”

Decisão do STF determinou a prisão domiciliar do ex-presidente da República