Cães foram resgatados de fazenda que os criava para consumo humano

Uma dúzia de cachorros que seriam abatidos para virarem comida na Coreia do Sul chegaram esta semana à região de Washington, nos Estados Unidos, para serem adotados como bichos de estimação.

Eles foram os primeiros de um total de 23 cachorros que serão levados para o território americano esta smana, como parte de uma campanha para combater o uso de carne de cachorro no leste asiático.

A Sociedade Humanitária Internacional (HSI, na sigla em inglês), com sede em Washington, localizou os cachorros em uma fazenda de Ilsan, que fica perto de Seul, onde eles estavam sendo criados especificamente para o consumo humano.

O fazendeiro – que declarou ter um carinho especial por cachorros – concordou em abrir mão dos animais e aceitar uma oferta de compensação, passando a cultivar mirtilos como sustento, segundo a diretora do HSI Kelly O’Meara.

Depois de um longo voo de Seul, os cães foram acolhidos em canis, nesta segunda-feira (5), na Liga pelo Bem-Estar Animal de Alexandria, cidade americana do estado da Virgínia.

A HSI tem trabalhado com grupos locais na China, Filipinas, Tailândia e Vietnã para sensibilizar o público sobre a questão do comércio da carne de cachorro. “Mas a Coreia do Sul é incomum porque lá os cães são criados em fazendas para suprir a demanda”, diz Kelly, enquanto outros países matam cães selvagens para o consumo de carne.

Todo ano, entre 1,2 milhões e 2 milhões de cachorros são consumidos no país, segundo ela. A demanda é suprida por centenas de fazendas que criam os animais.

Kelly diz que é a primeira vez que cachorros da Coreia do Sul destinados para o consumo humano foram resgatados e trazidos para os Estados Unidos, onde existe uma demanda grande por cães para adoção.

Todos os 23 cachorros sul-coreados – a segunda leva chegará nesta terça-feira – passarão por exames veterinários em Alexandria, antes de serem distribuídos entre cinco abrigos para adoção.

“Ao ajudar esses 23 cachorros, estaremos ajudando muitos outros na Coreia do Sul”, ao sensibilizar o público sobre o consumo desse tipo de carne, diz Megan Webb, diretora exexutiva da Liga pelo Bem-Estar Animal de Alexandria, que promove a adoção de cerca de mil cães por ano.