VÍDEO: Conheça a casa ‘Real’, rodeada de flores, antiguidade e histórias em área nobre de Campo Grande
Idosa de 92 anos reside ao lado do esposo no local há cerca de 40 anos. Família diz que ela mesma desenhou a casa e exigiu uma infinidade de plantas
Graziela Rezende –
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Para quem gosta de coincidências, é um prato cheio: uma casa com uma ‘fachada real’, de uma família de sobrenome Real. A jardineira, designada para cuidar diariamente da calçada, quintal e jardim de inverno, também tem ‘Flores no nome’. E depois, coincidência ou sorte, a reportagem do Midiamax chegou no imóvel justamente no momento em que as plantas estavam sendo regadas. Dessa forma, o que era uma simples pauta se tornou um presente para a equipe, que não só conheceu a majestosa frente, como todo o interior e ainda descobriu particularidades de um dos locais que é, sem dúvidas, um dos mais bonitos de Campo Grande.
Localizado na rua Boipeva, bairro Carandá Bosque, região nobre da cidade, o imóvel já chama a atenção pelas oito moitas de sumpatiens e beijinho, nome científico das flores nas cores rosa, vermelho, branco e laranja. Em meio à grama verde, as espécies compõem a entrada que possui, ao todo, 22 variedades de plantas, dispostas perto do portão e grades brancas e detalhes em azul e dourado em puro chumbo, trazido direto do Rio Grande do Sul e que pertenceria aos antecedentes da família alemã.
“Aqui eu tenho muito cuidado, amor, dedicação e carinho com estas plantas. Todos os dias elas são aguadas. Trabalho nesta casa há 9 anos e, quando cheguei aqui, não sabia plantar nada. E essas sumpatiens são assim: dão flores o ano todo. Aqui na frente ainda tem bico de papagaio, beijinho, tomate, goiabeira, laranjeira e outras plantas”, diz a jardineira Leila Flores, de 45 anos.
Segundo Flores, o ensinamento da proprietária do imóvel a fez “ter muito gosto” por plantas e ela diz que também cultiva várias espécies na casa dela. “Eu acho lindo esse lugar. Não só eu como um monte de gente, estou até acostumada a ver as pessoas pararem para tirar fotos. É assim o tempo todo. E me sinto privilegiada, porque penso: ‘Isso é porque elas não conhecem lá dentro’. É tudo muito lindo”, comentou.
Dona do imóvel também é admiradora de antiguidades
O privilégio, no entanto, deixou de ser dela. Isso porque conhecemos o lugar adentro e agora você, leitor do Midiamax, também vai ter acesso ao local onde uma exímia admiradora de flores e antiguidades, carrega muita sabedoria e histórias. Aos 92 anos, Maria de Lourdes Renck Real convive com o companheiro, Cláudio Martins Real, de 96 anos, além da filha, Cláudia Maria Real, de 67 anos, que reside no imóvel da frente e funcionários.
“Eu brinco com a minha esposa que ela está sempre me esperando no jardim. Ela é bem detalhista, onde está sem flor e vaso, ela fala que fica muito feio e não gosta. Estamos nesta casa há 40 anos e me lembro exatamente do momento em que começamos a morar aqui. Nós morávamos em outro bairro, daí ela viu esse terreno, o da frente também, e disse que iria construir uma casa com muito jardim ao redor. Na época, deixou a arquiteta de lado e desenhou tudo em papel milimetrado”, disse Cláudio.
Sempre dei rosas para ela, diz esposo
Professor aposentado, ele conta que conheceu Maria de Lourdes em Pelotas (RS). “Nós estamos com 70 anos só de casados. Eu a conheci lá, ela professora, eu professor também. Depois, fui para Porto Alegre com ela e lecionei por décadas lá. Em seguida, passei em um concurso em Campo Grande e vim para cá. Lá no sul ela tinha uma plantação de roseira e eu sempre a presenteei com rosas, azulejos, bules e coisas de antiguidade, que ela gosta bastante”, comentou Real.
Acostumada a ter a casa dos pais quase como um “ponto turístico”, Cláudia fala que assiste, pelas câmeras e também pelo portão, inúmeras pessoas fazendo fotos do jardim, além de despejarem roupas na grama e calçadas para fotos e trazerem modelos para ensaios fotográficos no local.
“Minha mãe gosta de tudo sempre limpo e muito bonito. Ela faz a caminhada diária e vai observando a quadra inteira. Quando não gosta, ela fala mesmo e quando vê a plantação morta, sem cuidado, chama o dono de relaxado sem dó. Eu cresci sabendo das histórias dela, que sempre cuidou das plantas da minha avó, então, é algo que faz parte das nossas gerações”, comentou a empresária.
Filha traz bules, azulejos e réplicas de presente
Ao viajar para outras cidades, Cláudia diz que sempre procura por azulejos diferentes e bules, com flores e em alto-relevo, já que a mãe faz coleção. Para o pai, é imprescindível trazer o Galo de Barcelos, um dos símbolos de Portugal e cuja lenda ele adora contar para os familiares e amigos.
“Nós sempre fazemos viagens e eu trago para ela. Muitas vezes, nas viagens de família, estivemos em Évora, Portugal, e lá eles adoravam passear e trazer lembranças. Tem alguns espanhóis aqui também. Muita coisa minha mãe mandava trazer também. É uma casa recheada de histórias”, finalizou.
E, como ficamos encantados, aproveitamos a oportunidade para fazer selfies, além de retratar as imagens e vídeos de cada cantinho do imóvel. Confira logo abaixo:
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