“Fechado” com o cramulhão na novela “Pantanal”, o peão violeiro Trindade foi interpretado por Almir Sater na versão original do folhetim, em 1990. Agora, quem dá vida ao personagem é seu filho Gabriel Sater, que implorou para o autor da regravação, Bruno Luperi, mudar o final do peão “endiabrado”.
Para quem não se lembra, Benedito Ruy Barbosa, o criador de “Pantanal”, precisou “matar” Trindade bem antes do fim da obra. Isso não estava previsto e aconteceu porque o cantor recebeu uma proposta irrecusável.
Almir foi convidado pelo diretor Jayme Monjardim, o mesmo de “Pantanal”, a protagonizar a sucessora da faixa, “A História de Ana Raio e Zé Trovão”, interpretando ninguém menos que o protagonista Zé Trovão. Como “Ana Raio” substituiria “Pantanal”, entrando na sequência do folhetim, Trindade acabou “morrendo” na novela pantaneira para que Sater pudesse viver a saga de Azelino, o Zé Trovão.

A proposta foi aceita e o violeiro pediu licença a Benedito para deixar a trama. Na sequência, foram iniciadas as gravações de “Ana Raio”, novela itinerante que não tinha estúdios, rodada em caravana pelo Brasil.
A solução encontrada por Ruy Barbosa para “Pantanal” foi fazer o peão do capeta Trindade pegar sua viola e sumir no mundão. No entanto, o espírito dele passou a incorporar em alguns personagens, especialmente em Irma, dando a entender que o violeiro do cramulhão tinha mesmo morrido.
Veja:
Filho de Almir Sater está com medo
Sabendo do destino do personagem, Gabriel Sater teme ter o mesmo destino do pai no remake da história. Em entrevista ao Domingão com Huck, o herdeiro de Almir declarou que implorou para o escritor da versão da Globo não matar Trindade, que agora está sendo interpretado por ele.
“Eu acho que não vão me matar. Eu chorei muito com o Bruno Luperi, né? Pedi para ficar até o fim, para gravar até o final, o máximo que puder. Eu sei que o que eu vivi aqui não vou viver mais. É uma união de estrelas imensa. E eu estou em casa, na minha casa”, concluiu Gabriel Sater.

Vale lembrar que o remake manteve o desfecho original de Madeleine, interpretada por Karine Teles. Na versão original, a atriz que interpretava a mãe de Jove pediu para sair do folhetim para gravar um filme na Índia. O autor então matou sua personagem em um acidente de avião.
Mesmo em condições diferentes e com a atriz Karine Teles disponível, Bruno Luperi optou por preservar acontecimento de 1990 e seguir a trama como ela foi. Benedito Ruy Barbosa tinha planos para Madeleine até o fim da história, mas a saída da intérprete mudou o curso, e seu neto, no remake, decidiu respeitar esse mesmo trajeto.
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