Potifar chegará em casa no meio da tarde e se deparará com a mulher nua nos braços de Teruel. Enfurecido, ele arrastará os traidores enrolados pelos lençóis até diante de Sheshi. “Peguei os dois em flagrante adultério”, dirá.

Em seguida, Neferíades implorará por uma segunda chance a Potifar ao ser amarrada em um poste para receber os castigos por sua traição. “Eu te amo, eu não queria [te trair], mas aconteceu. Misericórdia, por favor, me perdoa. Eu te imploro. Eu faço o que você quiser, me torno sua serva, mas não deixa fazerem isso comigo, por favor. Você é tudo para mim”, implorará.

“Cumpram a sentença da adúltera”, ordenará ele, sem dó. Potifar chegará a virar o rosto para não ver Neferíades ser agredida em público, exigindo em seguida que ela seja expulsa de Avaris ainda coberta de sangue. “Desamarrem e joguem ela para fora do palácio. Depois, executem o desgraçado”, afirmará o militar, se referindo a Teruel.

Destino cruel

Neferíades então sobreviverá de esmolas, catará comida do chão e até se prostituirá para não passar fome. Depois de destruir a vida de José, inventando que ele a tentou violentar, simplesmente porque o escravo não quis ceder a seus desejos, a mulher de Potifar fará o hebreu ainda passar dois anos atrás das grades até que Deus colocará Sheshi (Fernando Pavão) em seu caminho.

Naquela época, no Egito, mulheres adúlteras tinham o o rosto mutilado para não serem desejadas por mais nenhum homem. Depois de ter o nariz decepado, Neferíades aparecerá suja e maltrapilha. Ela usará um véu para cobrir o rosto parcialmente e, assim, conseguir convencer alguns estrangeiros a contratarem seus serviços sexuais em troca de algum dinheiro.