Há uma luz no fim do túnel. A reprise tapa-buraco do horário nobre da Globo é a prova viva de que nunca é tarde para sair do fundo do poço na TV brasileira.
Desde sua estreia, em abril deste ano, a reapresentação do folhetim de Aguinaldo Silva vinha marcando uma audiência muito abaixo do satisfatório e exigido pela emissora. Com a meta estabelecida na casa dos 30 pontos, “Império” consolidava diariamente entre 25 e 28 pontos, até a segunda semana de agosto, quando o jogo virou.
A falsa morte do comendador José Alfredo parece mesmo ter despertado a curiosidade do telespectador, que antes disso, não parava para ver a novela nem por decreto. Com 100 capítulos, até então, “Império” só tinha alcançado ou superado sua meta por apenas 7 vezes.
Mas a situação mudou a partir do dia 09 deste mês, quando o folhetim deu um salto de 5 pontos na comparação com o capítulo anterior. De 26 no sábado (07), a obra conseguiu elevar para 31 na segunda (09), fazendo um verdadeiro milagre e estancando o “sangramento” da tabela de audiência avermelhada por tantos recordes negativos e números abaixo da meta exigida.
Ainda há muito chão até o desfecho da história, que só deve terminar em novembro. O andamento de “Império” na tela da Globo sempre dependeu do adiantamento dos trabalhos da inédita “Um Lugar ao Sol”, prevista para estrear logo após a reprise. Caso continuasse na lama e “sangrando” com tantos números vermelhos, entregaria o horário em baixa para a próxima galinha dos ovos de ouro, que é escrita por Lícia Manzo e protagonizada por Cauã Reymond.
Após duas semanas consecutivas conseguindo se reerguer e mostrando força ao não deixar a peteca (os números) cair (em), “Império”, de fato, começou a fazer a alegria da Globo. Curiosamente, o melodrama teve uma trajetória no Ibope parecida em sua exibição original, há 07 anos.
Em 2014, o pior ano no quesito audiência para a história da emissora, “Império” demorou para deslanchar, e “engrenou” mesmo após uma boa frente de capítulos. Contudo, bem antes da fase que fez a reprise despontar. Os números baixos, antes do sucesso, também não chegam ao vermelho catastrófgico conquistado pela reapresentação até o dia 09.
