Eterna Ana Raio, Ingra Lyberato fala sobre poema escrito no Pantanal

A atriz Ingra Lyberato, eterna Ana Raio da novela “A História de Ana Raio e Zé Trovão”, contará sobre poema inédito escrito durante passagem pelo Pantanal

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A atriz Ingra Lyberato, eterna Ana Raio da novela “A História de Ana Raio e Zé Trovão”, contará sobre poema inédito escrito durante passagem pelo Pantanal sul-mato-grossense. A participação no programa Prosa & Segredos vai ao ar com entrevista exclusiva com o jornalista Bosco Martins nesta quinta-feira (27) na TVE Cultura, às 19h30. O programa também será exibido em outros horários, nos dias 29 (11h45), 1º de março (21h30), e 2,3 e 4 de março (10h30).

O programa traz diversas revelações em um bate-papo às margens do rio Formoso, em Bonito. A atriz curtiu 14 dias de passeios pelo Pantanal junto com o filho Guilherme Leindecker. Ingra Lyberato, viveu a personagem Ana Raio na telenovela “A História de Ana Raio e Zé Trovão”, exibida pela antiga TV Manchete há 30 anos. Ingra contracenou com Almir Sater, que interpretou Zé Trovão.

Na entrevista, Ingra fala do seu retorno às telas da Televisão, ela que em alguns de seus trabalhos protagonizou Tieta do
Agreste e no cinema estrelou em Valsa para Bruno Stein (produção de 2007 e recentemente exibida pela TV Cultura), agora volta em uma mega produção da Record, a novela Gênesis, que conta a história de Jacó e a inveja, em 150 capítulos, com direção de Edgard Miranda. Ingra faz o papel de uma das esposas de Jacó, pai de José.

Eterna Ana Raio, Ingra Lyberato fala sobre poema escrito no Pantanal
“A História de Ana Raio e Zé Trovão” foi estrelada por Almir Sater e Ingra Lyberato

“José gostava de sonhar, era premonitório, é uma história muito visceral, intensa e por ter a preferência do pai causava muita inveja dos irmãos, por isso sofre muitas maldades”, diz Ingra, que durante o descanso em Bonito se aprofundou no primeiro capítulo da Bíblia.

A atriz também comenta, em Prosa & Segredos sua expectativa em relação à colega Regina Duarte, indicada para o Ministério da Cultura. O telespectador terá ainda imagens do passeio da atriz pelo Pantanal e Bonito e a façanha de Ingra que, às margens de um corixo, na fazenda do amigo e artista Almir Sater, declama um poema inédito. Por sua atuação no cinema, Ingra Lyberato recebeu o Prêmio Kikito de melhor atriz no Festival de Cinema de Gramado, em 2008.

Veja íntegra do poema de Ingra Lyberato declamado pela atriz no programa Prosa & Segredos:

“Nós seres humanos ao longo de milhares de anos, adquirimos uma mente altamente complexa.
Nossa mente é capaz de milhões de sinapses por segundo.
As sinapses são conexões elétricas e químicas que criam pensamentos às vezes novos e às vezes repetidos.
Quando estamos abertos pro novo podemos trazer ao mundo novas realizações, novas formas de lidar com o outro, com nós mesmos e com a própria vida.
Se soubermos usar o poder cognitivo da nossa mente, podemos renascer a cada dia desapegados do que fomos ontem, para sermos alguém mais alinhados com a realidade do momento presente.
Se a situação pede generosidade, podemos ativar nosso modo generoso.
Se a situação pede coragem, podemos acordar nossa potência guerreira.
Se a situação é de conflito, podemos invocar nosso dom de pacificar… ceder e assim por diante.
Se a situação é de conflito, podemos invocar nosso dom de pacificar… ceder e assim por diante.
Mas não! As vezes passamos a vida toda lutando para fixar uma única imagem. Uma única postura diante das situações.
Aquela escolha que um dia deu certo e gostaríamos de reviver.
Ninguém nos ensinou que nada se repete, que devemos aproveitar ao máximo aquele momento, pois os próximos serão maravilhosos, mas de outra maneira.
Então, com esse nosso apego a situações nossa mente fica viciada nas mesmas coisas, e pior, começa a comandar nosso ser, criando problemas imaginários.
Eu só consigo lembrar de um tipo de problema real: falta de saúde.
Todo resto que costumamos chamar “problema”, na verdade são situações, que podemos mudar a hora que quisermos: falta de dinheiro, falta de parceiro ou parceira, desavenças, que é falta de paz, falta de qualquer coisa. Está sempre na nossa mão solucionar.
Se colocamos a responsabilidade do que estamos vivendo na mão do outro, estamos simplesmente dando o nosso poder ao outro.
Não se enganem. Ninguém é capaz de te dar paz, alegria e auto realização.
Esse poder é seu. Então, se deixamos nossa mente comandar, ela se torna neurótica, como um retirano que não consegue enxergar além do próprio umbigo.
Porque a mente é uma ferramenta fantástica de realização na matéria, mas é limitada na percepção de realidades transcendentes.
Ainda bem que, pra toda mente adoentada, existe a cura no colo da Mãe natureza.
Com sua generosidade sem limite. Com seu acolhimento maternal e ausência de julgamentos e imoralidade.
A natureza é capaz de nos acordar do delírio da mente. É como um banho de realidade!
O sol, a lua, as estrelas, a terra, o oxigênio. Isso sim é real!
A natureza presente em nosso corpo, que carrega cada elemento, em constante mutação.
E pode ser portal de contato com uma realidade maior, nos salvando do domínio da mente.
Que tenta sentir a vida, mas não é capaz. O sentir pertence ao corpo, ao coração.
Então, se sua mente está sufocando a sua existência, criando mil estratégias para controlar a própria vida e pra te controlar, dê um basta! Saia dessa prisão imaginária.
Mergulhe num rio, assista um pôr-do-sol, monte em um cavalo e saia por aí. Toque sua pele com amor, com gratidão, abrace, ame, admire os seres e estará mergulhando na realidade mais pura e prazerosa que podemos ter.
Seja feliz. Esse poder é seu!”

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