Escrevendo os momentos finais de O Sétimo Guardião, o autor Aguinaldo Silva, postou na madrugada deste sábado (4), em seu perfil no Twitter que se sente frustrado com o trabalho.

Autor de grandes sucessos como Tieta (1989) e Senhora do Destino (2004), Aguinaldo questionou se tanto trabalho teria valido a pena. “Muitas vezes na vida escrevi a palavra ‘Fim’… E ela, para mim, sempre significou ‘recomeço’. Hoje, mais uma vez a escrevi: ‘Fim’! E agora me pergunto, como naquela canção de Ivan Lins: vai valer a pena ter sobrevivido?”, publicou ele na rede social, fazendo referência à música Começar de Novo.

De acordo com o site Notícias da TV, Aguinaldo foi alvo de duras críticas com a trama sobre protetores de uma fonte mágica, muitas delas diziam que a história não faria o menor sentido, mesmo para os padrões do realismo fantástico.

Mas a audiência também deixou a desejar, a novela tem média de 28,6 pontos na Grande São Paulo, um índice muito baixo para uma faixa do principal horário da Globo. Em 31 de dezembro, conseguiu registrar o pior ibope de uma novela das nove da emissora com apenas 15,2 pontos.

Ainda segundo as informações, até o elenco da novela parece descontente. Atores pediram para sair do projeto no meio, e ficaram esperançosos de que seus personagens morreriam nas mãos do serial killer de Serro Azul.

Mas os problemas da novela começaram antes mesmo de ela estrear. A trama quase foi substituída por outro projeto, quando um aluno da master class que Aguinaldo Silva deu para treinar novos autores, o escritor mineiro Silvio Cerceau foi à Justiça para ser reconhecido como um dos criadores da sinopse de O Sétimo Guardião.

Para Silva, fica o consolo de que seu martírio está perto de chegar ao fim: a novela exibe seu último capítulo no dia 17, cedendo a faixa mais nobre da Globo para A Dona do Pedaço, de Walcyr Carrasco.