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Padre que criticou orixás de Preta Gil é investigado pela polícia: ‘queria que o diabo viesse e levasse’

Falas do sacerdote foram denunciadas na delegacia e ao Ministério Público
João Ramos -
padre preta gil
Sacerdote condenou a fé expressada pela família Gil - (Reprodução das Redes Sociais)

Ao menos três boletins de ocorrência foram registrados na delegacia de Areial, município da Paraíba, contra o padre Danilo César Bezerra. Ele foi denunciado por intolerância religiosa após criticar religiões de matriz africana em uma missa, ao comentar a morte da cantora Preta Gil esta semana.

Vídeo no qual o padre faz as declarações foi transmitido ao vivo e publicado no canal do YouTube da Paróquia de Areial, no último domingo (27). Contudo, após a repercussão, o conteúdo foi retirado do ar.

Na missa em questão, o sacerdote de 31 anos questionou o fato do pai de Preta ter feito um pedido a orixás e desejou que católicos que recorrem a esse tipo de fé sejam levados pelo diabo.

“Como é o nome do pai de Preta Gil? Gilberto. Gilberto Gil fez uma oração aos orixás. Cadê o poder desses orixás que não ressuscitou Preta Gil? Já enterraram. Pois é”, iniciou Danilo, ironizando a religião.

Em seguida, disparou sobre os adeptos. “E tem gente católica que pede essas coisas ocultas, eu só queria que o diabo viesse e levasse. É! No dia que ele levar e no outro que você acordar lá com o do inferno, você não sabe o que é que vai fazer”, declarou o padre.

As falas do sacerdote foram denunciadas na delegacia e ao Ministério Público. Além disso, o caso está sendo investigado pela Polícia Civil como possível crime de religioso. Em nota, a Diocese de Campina Grande afirmou que irá prestar os esclarecimentos necessários aos órgãos competentes sobre a postura do padre.

“A Diocese reitera seu compromisso com os direitos constitucionais da liberdade de crença e de culto, da igualdade e não discriminação religiosa, do direito à honra e à imagem dos mortos e do princípio da dignidade da pessoa humana”, diz trecho do pronunciamento.

Assista ao vídeo da declaração que deu origem à polêmica:

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