Morre Sergio Mendes, ícone da música conhecido por “Mas Que Nada”, aos 83 anos

As origens da carreira de Mendes são da cena do samba-jazz carioca dos anos 1950 e 1960

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(Divulgação)

O músico Sergio Mendes, consagrado como um dos maiores nomes internacionais da música brasileira com o sucesso de sua versão de “Mas Que Nada” (originalmente composta por Jorge Ben) nos EUA, morreu aos 83 anos. Os familiares confirmaram a notícia ao O Globo, sem citar a causa da morte.

As origens da carreira de Mendes podem ser traçadas para a cena do samba-jazz carioca dos anos 1950 e 1960, onde colaborou com Tom Jobim, Vinicius de Moraes e Baden Powell, entre outros. Se mudou para os EUA em 1964, para escapar da ditadura militar, e por lá eventualmente formou o grupo Sérgio Mendes & Brasil 66.

O sucesso de “Mas Que Nada” no país impulsionou o seu nome, e nas décadas seguintes ele ainda gravou outros hits, como “The Look of Love”, “Fool on the Hill” (regravação dos Beatles, aprovada pelo próprio Paul McCartney), “Never Gonna Let You Go”.

Em 2006, “Mas Que Nada” voltou às paradas com uma versão gravada por Mendes ao lado do grupo de hip hop estadunidense The Black Eyed Peas – apresentando, assim, a arte do músico brasileiro para uma nova geração.

Mendes venceu o Grammy de melhor álbum de world music por Brasileiro (1993), e foi indicado outras duas vezes na categoria, por Encanto (2011) e Magic (2015). Também foi lembrado no Oscar com uma indicação a melhor canção original por “Real in Rio”, do filme animado Rio (2011).

O último álbum do músico foi In the Key of Joy (2020). Ele deixa a esposa, a cantora Gracinha Leporace, e dois filhos, Gustavo e Tiago Mendes.

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