Homem que vazou fotos da autópsia de Marília Mendonça e Gabriel Diniz é condenado por 7 crimes

Ele estava preso preventivamente desde abril

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Marilia Mendonça e Gabriel Diniz
Marília Mendonça e Gabriel Diniz. (Reprodução, Redes Sociais)

André Felipe de Souza Alves Pereira foi condenado pela Justiça do Distrito Federal, nesta quarta-feira (27), por vazar fotos da autópsia dos cantores Gabriel Diniz e Marília Mendonça, que morreram tragicamente em um acidente de avião em 2019 e 2021, respectivamente.

Segundo informações do Terra, André responderá pelos crimes de vilipêndio a cadáver, uso de documento público falso, atentado conta serviço de utilidade pública, divulgação de nazismo, xenofobia, racismo contra nordestino e incitação ao crime.

Segundo a documentação obtida pelo veículo, Max Abrahao Alves de Souza, juiz responsável pelo caso, na 2ª Vara Criminal de Santa Maria, afirmou que o tom e teor das publicações feitas pelo réu evidenciaram o dolo cometido nos crimes.

“A natureza das fotografias expostas e os comentários realizados pelo réu através do seu perfil na então rede social Twitter demonstraram o inequívoco objetivo de humilhar e ultrajar os referidos mortos, cujas imagens invocaram grande apreço popular, circunstância que comprova o dolo inerente ao tipo penal. Após estas considerações, é seguro concluir que o acusado, com vontade livre e consciente, vilipendiou os cadáveres de Marília Dias Mendonça e Gabriel de Souza Diniz”, apontou o juiz.

Já sobre a pena agravada, os crimes aos quais o réu responde estão relacionados as postagens em que ele citava o massacre de Columbine, além de mensagens violentas, incitando morte e uso de armas de fogo. O objetivo do homem era “causar pânico e perturbar o funcionamento das escolas”, afirmou a Justiça.

André também foi acusado de disseminação do nazismo, por aparecer usando uma suástica em uma das plataformas que usava. Ele, por sua vez, negou que tenha qualquer tipo de associação com esta ideologia, afirmando que a imagem em questão se tratava somente de uma referência a um personagem de videogame sobre a Segunda Guerra Mundial, o que foi considerado “frágil” pelo magistrado.

Ataques a nordestinos e estrangeiros também foi um crime incentivado e confessado por ele. Em outras publicações, o homem chegou a sugerir tratamentos desumanos para esses grupos. Ele, inclusive, admitiu o uso de um documento que constava o CPF (Cadastro de Pessoa Física) de outra pessoa.

Responsável pelo perfil no qual as imagens dos corpos das vítimas foi encontrado, ele confessou de livre e espontânea vontade o crime de vilipêndio a cadáver. Fotos e a perícia no celular do réu comprovaram a informação.

André Felipe de Souza Alves Pereira foi condenado a oito anos de reclusão e 50 dias-multa, bem como dois anos e três meses de detenção em regime semiaberto e 20 dias-multa.

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