Marina e Sofia, filhas de , falaram sobre o processo de reconhecimento da união estável de sua mãe, Rose Miriam, e o apresentador, que morreu em um acidente doméstico em 2019. As gêmeas acusaram a tia Aparecida Liberato de manipular e mentir para elas.

Após perceberem que o advogado contratado por Aparecida não passava informações sobre o processo e não as ouvia em relação à união estável, resolveram pedir a emancipação e contrataram um advogado para que colocasse no processo a verdade sobre o relacionamento da mãe e do pai.

“Minha tia e os advogados dizem que minha mãe não tinha união estável com meu pai, mas eles tinham sim, nós éramos uma família e só quem sabe a verdade somos nós, eu não sei por que eles não reconhecem minha mãe como companheira do meu pai, porque eu reconheço”, afirma Sofia em entrevista ao colunista Leo Dias. 

“Antes, eles queriam conversar comigo, mas quando eu discordei deles, não quiseram mais. Eles falaram que nunca vão aceitar que minha mãe era a companheira do meu pai e que era para gente não se meter em nada”, Marina completa.

Segundo Marina, a desconfiança em relação à tia começou há um tempo. “Há muito tempo a gente começou a desconfiar da nossa tia porque a gente achou muito estranho o jeito que ela agia com a gente, tratando a gente como criança, representando e explicando as coisas como se a gente tivesse oito anos de idade. A gente procurou uma advogada, mas não deu certo porque minha tia conseguiu tirar ela (do caso). A gente estava pensando em se emancipar, mas não deu certo”, relembra.

“A gente continuou com a nossa tia, mas sempre confiando. A gente sabia que ela mentia para a gente, mas não tinha os fatos. Hoje, a gente descobriu que era verdade, que ela mentia para a gente”, continuou Sofia, que então procurou outro advogado, o Nelson Wilians, que representa também Rose Miriam. 

Controle

Segundo Sofia, a tia controlava até a decisão delas poderem ou não ter um carro. “Eu fui pedir um carro, não tinha um e queria muito ter um carro. Pedi para a minha tia um Porsche que sempre sonhei em ter e ela falou que falou com a promotora e que a promotora tinha dito que eu não podia ter esse carro, que era muito de luxo para uma criança de 17 anos. Acabei comprando um carro que era metade do preço do que eu queria e não fiquei feliz.” 

Marina diz que a tia também não facilitava o acesso a documentos. “A gente pedia documentos, eles falavam que iam mandar, mas não mandavam. Pedi para me mandarem um documento que provasse o quanto a gente tinha de dinheiro em um dos bancos do Brasil. Nunca vi o documento.” 

Ela também acusa a família do pai de assinar documentos no nome das duas sem o conhecimento delas. “Um exemplo foi quando o nosso primo pediu um dinheiro altíssimo e ela (tia) assinou como se a gente tivesse concordado. Nem falou com a gente, que só soube pelo jornal.”

Dinheiro

As duas afirmam que não puderem nem escolher o próprio advogado para representá-las após morte do pai. Elas dizem que a mãe nunca pressionou as duas a tomar partido dela. “Nossa mãe sempre ficou do nosso lado e nunca nos pressionou a nada. Ela só quer o nosso bem”, afirma Sofia.

“Minha tia fala que a minha mãe manipulou a gente. Não é ela que manipulou a gente. É a minha tia que tentou manipular a gente”, complementa Marina, que ainda afirma que o irmão mais velho, João Augusto, estaria sendo manipulado pela família do pai.

“Ela está manipulando o meu irmão. A gente tem provas disso. A gente tentou alertar. Mas infelizmente o João surtou quando sugeri o reconhecimento da união estável (dos pais). A gente descobriu recentemente que o João ganha mais que a gente por mês. Isso é totalmente injusto. A gente ganhava antes 500 por mês. A gente já achou que estava ganhando pouco porque é um absurdo a nossa avó ganhar 163 mil reais e a gente só 500.”

Sofia disse que pediu um aumento no valor da pensão de 500 dólares. Ela e a irmã vivem nos Estados Unidos. “Eu pedi um aumento porque com 500 dólares não dava mais para comprar comida e tal. Pedi dois mil dólares, que ainda é pouco, e ela disse que era um absurdo. Mas não chega nem perto do que ela tira por mês pelas nossas contas. Ela falou que não ia dar”, conta Sofia.

“Minha tia queria dar só 150 dólares, que dá para ir para a praia, pagar a gasolina e passar na enseada”, explica Marina. “A gente conseguiu pelo menos aumentar para mil por mês.”

Abrir mão do dinheiro

As herdeiras de Gugu contam que chegaram a se reunir com a família do pai e representantes da mesma e pediram que o reconhecimento da união estável fosse realizado e ainda disseram que a mãe abria mão da herança para ter o documento que comprovasse seu relacionamento.

“Falei que o mais importante para a minha mãe era a união estável e não o dinheiro e que por isso ela abrirá mão do que tem direito, que acho que é 50% (da herança). Eles começaram a falar que não iam reconhecer porque ela não tinha união estável. Ela tem sim. Ela preenche os três requisitos, finalidade e constituição de família, relação duradoura e relação pública. Eles ficaram super bravos e começaram a rir da minha cara. Disseram que não iam discutir com uma criança. Me senti muito humilhada. Comecei a chorar”, relembra Marina.

“Disseram que ela era só barriga de aluguel. Isso não é verdade. Minha tia disse que a gente era infantis e desesperadas. Muitos adjetivos negativos”, afirma Sofia.

Confira o vídeo completo abaixo: