Alok convida grupo de rap indígena de MS para gravar música

Brô MCs também fará parte de uma minissérie documental produzida por Alok

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Diretamente de Dourados, uma das principais cidades de Mato Grosso do Sul, Brô Mc’s é a primeira banda de rap indígena do Brasil. O grupo, formado por quatro amigos indígenas que tinham o sonho de falar sobre o cotidiano de cada um, encontrou na voz uma forma de conversar com todo o país. 

Com composições ficando cada vez mais conhecidas, o Brô Mc’s acaba de gravar uma música em parceria com o DJ Alok, estrela internacional. A ideia veio do próprio Alok, que convidou os meninos para gravarem com ele.

 
 
 
 
 
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“Alok, obrigado pelo convite! Fim de semana de muita produção musical. Tem muitas novidades vindo por aí”, escreveram os músicos em publicação nas redes sociais feita no dia 11 de julho.

O Brô Mc’s também fará parte de uma minissérie documental produzida pelo DJ. O novo trabalho de Alok busca investigar as raízes sonoras dos povos de origem do Brasil.

Músicos de outras etnias indígenas do país também farão parte do novo álbum do artista, que é considerado o primeiro disco do DJ. Não há previsão para a data de lançamento.

 
 
 
 
 
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Como tudo começou

Bruno Veron, Clemersom Batista, Kelvin Peixoto e Charlie Peixoto são quatro jovens indígenas das etnias Kaiowá e Guarani das Aldeias Jaguapiru e Bororó, localizadas na cidade de Dourados, região oeste de MS.

Eles iniciaram a carreira em 2009, ignorando preconceitos e objeções para serem reconhecidos no espaço do rap brasileiro, mas isso não impediu que eles cantassem sobre o cotidiano e a vida nas aldeias. Foi essa abordagem, inclusive, que deu ao grupo maior repercussão.

 
 
 
 
 
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As letras falam sobre a luta pela terra, a questão da identidade indígena, problemas como o consumo de álcool e drogas, além dos altos índices de suicídio na aldeia.

Com passagens pelo Festival de Berlim com a música “Terra Vermelha”, no curta-metragem “E Busca da Terra Sem Males”, e também na série “Guateka”, o Brô MC’s está conquistando cada vez mais público ao redor do Brasil e levando a realidade indígena a mais espaços através da arte. Recentemente, o grupo de rap indígena chegou aos 10 mil seguidores no Instagram.

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