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Regina Duarte diz que não defendeu ditadura em entrevista na TV

Longe de Brasília, a atriz Regina Duarte, em artigo ao jornal O Estado de S. Paulo, escreveu sobre momentos de sua gestão na Secretaria Especial de Cultura
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Longe de , a atriz Regina Duarte, em artigo ao jornal O Estado de S. Paulo, escreveu sobre momentos de sua gestão na Secretaria Especial de do governo Jair Bolsonaro (sem partido), pasta que ela deixou na quarta-feira (20).

Entre os temas citados está a entrevista que deu à CNN, na qual ela se irritou com uma mensagem gravada pela atriz Maitê Proença e, nas suas palavras, deu um “chilique”. Na ocasião, Regina também cantou a marchinha “Pra Frente Brasil”, criada na ditadura militar, e disse que “sempre houve tortura” na história do Brasil ao ouvir ao período de ditadura.

“Amo meu país, sim, e tenho deixado isso sempre bem claro, a ponto de, numa recente entrevista à TV, ter cantado a conhecida marchinha dos anos 70, que fala de ‘todos ligados na mesma emoção’. Nada a ver com defesa da ditadura, como quiseram alguns, mas com o sonho de brasilidade e união que venho defendendo ao longo de toda a minha vida”, escreveu a ex-secretária.

“E me desculpo se, na mesma ocasião, passei a impressão de que teria endossado a tortura, algo inominável e que jamais teria minha anuência, como sabem os que conhecem minha história”, completou.

Na entrevista, entretanto, a ex-secretária minimizou as mortes por tortura na ditadura militar. “Cara, desculpa, eu vou falar uma coisa. Assim, na humanidade não para de morrer. Se você fala em vida, do outro lado tem morte. E as pessoas ficam ‘ó, ó, ó’. Por quê?”, disse Regina à CNN.

“Bom, mas sempre houve tortura. Meu Deus do céu, Stalin, quantas mortes? Hitler, quantas mortes? Não quero arrastar um de mortos nas minhas costas. Não desejo isso para ninguém. Sou leve, estou viva, estamos vivos, vamos ficar vivos”, acrescentou ela na mesma entrevista.

A ex-secretária também desqualificou no texto críticas feitas à sua gestão. Ela disse que esperava ser questionada quando aceitou o cargo, mas que se espantou com o que definiu como “a total ausência de substância das sentenças condenatórias […] na praça pública das redes sociais”.

“Em vez de uma discussão franca, que seria saudável, por mais altos que fossem os decibéis, o que identifiquei foi só a ação coordenada de apedrejar uma pessoa que, há mais de meio século, vem se dedicando às artes e à dramaturgia brasileira”, escreveu. “Recuso-me a responder às manifestações de desaprovação vociferadas pelos mais exaltados. Há críticas que são refratárias ao argumento racional exatamente por extrapolarem qualquer juízo.”

Regina ressaltou ainda o seu desejo para o setor cultural brasileiro após a saída do cargo em Brasília. “O país precisa de uma política cultural que transcenda ideologias. Foi isso o que tentei colocar de pé quando acedi colaborar diretamente com o governo federal”, escreveu. “[Pensei] num país que tivesse nas comunicações uma elite pensante que não optasse pelo ‘quanto pior, melhor’. Esse era o trabalho que deveria estar sob os holofotes da opinião pública -nunca a minha pessoa”, completou.

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