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Justiça nega pedido de medida protetiva contra Prior e defesa recorrerá

A juíza Patrícia Álvares Cruz negou o pedido de medida protetiva que proibiria o ex-BBB Felipe Prior de ter contato com as mulheres que o acusam
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Na última quinta-feira (2), a juíza Patrícia Álvares Cruz, do Foro Criminal da Barra Funda em , negou o pedido de medida protetiva que proibiria o ex-BBB Felipe Prior de manter contato com as mulheres que o acusam de violência sexual e suas testemunhas.

O brother é acusado de ter estuprado duas mulheres e tentado estuprar uma terceira, após uma festa de jogos universitários. Através de um vídeo postado em suas na noite desta sexta-feira (3), o arquiteto negou as informações.

A reportagem da Folha de São Paulo, uma das advogadas das vítimas, Maira Pinheiro, afirmou que elas recorrerão à decisão da juíza. “A gente lamenta o conteúdo dessa decisão. […] Tínhamos bastante receio de represália e do risco que essas meninas correm com a repercussão dos fatos. Por isso, elas eram nossa principal prioridade de curto prazo. Mesmo que a juíza entendesse que não cabe ao judiciário determinar a instauração de inquérito, isso não impediria ela de deferir medidas cautelares que não causam nenhum prejuízo ao acusado, se ele não às descumprir, e medidas cujo comprimento não geraria nenhum tipo de transtorno ou limitação na vida prática dele e das pessoas que o representam”.

“Como nós não concordamos com o entendimento expresso naquela decisão, vamos recorrer através de mandado de segurança, que deve ser distribuído nos próximos dias”, conclui.O Ministério Público também já afirmou por meio de nota que requisitou instauração de inquérito policial para apuração dos fatos, mas que o caso está sob sigilo.

A advogada ainda afirmou que recebeu notícias de que existiriam mais relatos de vítimas do mesmo problema com Felipe Prior, apesar de nenhum caso ter chegado diretamente a ela ou à outra advogada envolvida no caso, Juliana de Almeida Valente.

Entenda o caso

O arquiteto e ex-BBB Felipe Prior está sendo acusado de estupro e tentativa de por três mulheres. Os crimes teriam acontecido entre 2014 e 2018 e foram noticiados pela revista Marie Claire. Os relatos dos supostos crimes foram confirmados ao F5 pela advogada Juliana de Almeida Valente, que representa as vítimas.Por meio do seu Instagram, Prior negou as acusações. Ele disse ser inocente e afirmou que jamais cometeu violência sexual.

“Estou muito chateado mesmo, muito chateado. Desconheço os fatos apresentados, nunca cometi nenhuma violência sexual contra ninguém. Sou inocente, sou inocente. O que me deixa mais chateado é saber que depois que eu entrei na casa as pessoas apresentaram uma denúncia pesada contra mim. Os meus advogados estão tomando todas as providências (…)”.

Segundo a advogada Juliana, os três crimes teriam acontecido após festas dos jogos universitários InterFAU, que são realizados anualmente e reúnem alunos de várias faculdades de arquitetura de urbanismo do estado de São Paulo. As três mulheres não teriam registrado boletim de ocorrência na ocasião por vergonha e medo.

Uma das vítimas afirma, segundo a advogada, que estava com uma amiga, em uma festa de comemoração dos jogos universitários na cidade de São Paulo, quando pegou carona com Prior. Ela conta que, depois de deixarem a amiga em casa, ele teria encostado o carro em uma rua escura e teria ido para cima dela, que estava embriagada.Prior teria puxado a jovem para o banco de trás e teria forçado a relação sexual de forma violenta e incisiva, apesar de ela dizer não. A violência teria provocado um ferimento na região vaginal da vítima, o que teria levado a um grande sangramento. Ele então teria parado e se oferecido para levá-la ao hospital, o que ela teria recusado.

A jovem teria ido posteriormente ao pronto-socorro, onde teria sido questionada sobre um possível abuso sexual, mas ela teria se recusado a falar sobre o ocorrido por vergonha. Segundo a advogada, ela ficou uma semana de cama e posteriormente teve abalo emocional, crise de pânico e dificuldade em relacionamentos.

Outro caso teria ocorrido na cidade de Biritiba Mirim, interior paulista, durante o InterFAU 2016. Segundo a Marie Clare, ela acompanhou Prior até sua barraca de camping, mas teria desistido da relação sexual por não ter camisinha. Ele então teria tentado força-la e impedi-la de deixar o local, mas ela teria conseguido se desvencilhar.

Valente afirmou que a vítima resolveu procurá-la apenas depois do início do 20, após um tuíte apontar casos de assédio e abuso relacionados a Prior. O post acabou sendo apagado pela autora, mas a partir daí a jovem encontrou as outras duas vítimas.

O caso mais recente teria acontecido em 2018, também no InterFAU, em Itapetininga. Ainda de acordo com a revista, ela também teria aceitado ir até a barraca de camping do arquiteto e teria tido relações sexuais com ele, mas em certa altura ele teria passado a ser agressivo e ela falou que não queria mais, mas ele não teria parado.

O InterFAU afirmou, em nota, que Prior não poderia ingressar e tampouco participar das atividades do evento desde outubro de 2018, justamente por causa de denúncias envolvendo-o em casos de assédio “além de uma acusação de crime sexual durante o InterFAU de 2018”.

A advogada das três vítimas encaminhou uma notícia crime à Justiça. Segundo ela, o caso agora poderá dar origem a um ou mais inquéritos, a depender da decisão do Ministério Público. A partir daí, as denúncias serão apuradas e poderão levar Prior à julgamento.

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