A morte de Diego Armando Maradona, aos 60 anos, gerou comoção em todo o mundo, nesta quarta-feira (25). Endeusado por muitos, durante última entrevista, o eterno craque falou com o jornal argentino “Clárin” sobre a família, as dificuldade da pandemia e chegou a revelar que se perguntava se o povo seguiria lhe amando.

“Ao povo vou ser eternamente grato. Todos os dias me surpreendem. O que vivi neste retorno ao futebol argentino não vou me esquecer jamais. Superou tudo o que eu podia imaginar. Estive muito tempo fora e às vezes me pergunto se o povo vai seguir me amando. Se seguirão sentindo a mesma coisa – comentou Maradona, em resposta ao “Clarín”, por meio do seu assessor de imprensa.”

Maradona estava de volta ao futebol como técnico do Gimnasia e se sentia emocionado pelo carinho que recebia pelos campos no futebol argentino, conforme noticiou o portal do Globo Esporte.

“Quando entrei no campo do Gimnasia no dia da apresentação senti que o amor com o povo nunca vai terminar”, disse o ídolo ao jornal argentino quando completou 60 anos.

Ao “Clarín”, primeiro veículo de imprensa a noticiar a morte do astro, Maradona disse, ao completar 60 anos, que “fui e sou muito feliz”. Sincero, admitiu que as drogas encurtaram sua carreira.

“O futebol me deu tudo o que tenho. Mais do que poderia imaginar. Se não tivesse tido o vício poderia ter jogado muito mais. Mas hoje isso é passado. Estou bem e o que mais lamento é não ter mais “meus velhos” (os pais). Sempre faço esse pedido, queria um dia mais com a Tota (mãe), mas sei que ela está no céu, orgulhosa de mim e que foi muito feliz.”

Sob efeitos da pandemia do novo coronavírus – o craque perdeu um cunhado e teve a irmã infectada -, Maradona também pediu pela recuperação e por cuidados ao povo argentino, ainda de acordo com o GE.

“Meu desejo é que passe o quanto antes esta pandemia e que a minha Argentina possa seguir adiante. Quero a todos argentinos bem, temos um país maravilhoso e confio que nosso presidente vai poder nos tirar deste momento”, afirmou Maradona, partidário de Alberto Fernandéz, recém eleito para a presidência do país.