A apresentadora Chris Flores explicou nesta quarta-feira (29) o desabafo que fez durante o programa Triturando, do SBT, na tarde de terça, quando chamou de “egoístas, irresponsáveis e nojentos” um grupo de pessoas que se aglomeraram no Lago Paranoá, em (DF), onde também ocorria um da dupla .

“Me exaltei, falei palavras fortes mas falaria novamente tudo que eu disse”, afirmou Chris em entrevista à Folha de . “Minha moral eu tenho e assino em baixo em tudo que disse. Mas eu estava falando sobre a aglomeração, sim eu perdi um amigo ontem, estou muito tocada com essa história.”

Ela se refere ao também apresentador e jornalista Rodrigo Rodrigues, que na terça-feira (28), aos 45 anos, após ser diagnosticado com Covid-19 e ser acometido por uma trombose venosa cerebral. “Meus sentimentos a família do jornalista Rodrigo Rodrigues, um grande amigo, uma grande pessoa”, disse ainda no programa de ontem. “[Ele] morreu trabalhando, tinha que trabalhar. O que vocês estão comemorando? Mais de mil mortes por dia? Chega, gente pequena, gente nojenta!”

Chris, no entanto, deixou claro que suas críticas não foram direcionadas à dupla Jorge e Mateus, que fazia show no momento em que se formou a aglomeração. “Em nenhum momento aqui foi dito que a culpa é da dupla, eu não disse isso”, explicou. “Conheço os meninos, gosto deles, eles estavam trabalhando. Eu torço muito por eles.”

O outro lado

Os cantores também comentaram o fato por meio de nota enviada pela assessoria de imprensa deles à reportagem. Eles afirmam que o show, ao contrário do que as imagens dão a entender, não foi feito para as embarcações onde as pessoas se aglomeraram.

“Este evento ocorreu dentro de um complexo hoteleiro, com a platéia em seus quartos, sem acesso as áreas comuns e sem trânsito de pessoas”, afirma o texto. “Aqueles que estavam em embarcações no Lago Paranoá não tinham qualquer tipo de acesso a apresentação da live, inclusive visual.”

“Jorge e Mateus somente concordaram com a contratação para a realização da live após a comprovação e garantia dos organizadores de que haveria o cumprimento das normas de segurança em relação a saúde de todos e mediante apresentação de todos os documentos dos órgãos da administração pública que autorizasse a realização do evento –o que foi feito”, prosseguem.

“Nenhum dos concordam com aglomerações e também não tinham conhecimento do que estava ocorrendo neste lago, sendo competência exclusiva do poder público manifestar-se a respeito”, avaliam. “Por fim, lamentamos profundamente por todas as vidas perdidas para a Covid-19, inclusive de familiares e de pessoas próximas a nós, e não estamos medindo esforços para tentar, de alguma forma, contribuir com todos aqueles que estão sofrendo com os reflexos dessa doença.”