A pandemia do novo impediu que Carlos Alberto de Nóbrega sentasse no banco de A Praça É Nossa, mas apenas por quatro meses. Aos 84 anos, o inquieto apresentador do SBT tratou logo de dar um jeito de levar o programa ao ar novamente, mesmo que impossibilitado de gravar quadros inéditos.

Do quintal de sua casa, na Grande , o agora relembra os episódios mais hilários do programa que ele comanda na emissora há 33 anos. Antes de cada bloco da reprise, ele faz o que sabe melhor: conta histórias divertidas que envolvem os convidados ou àquele episódio. Tudo isso sentado no banco original de A Praça É Nossa.

“Esse banco que eu uso em casa é o primeiro do programa. Ele está aqui porque uma vez houve um problema e achei que eu ia sair do SBT. Aí pus o banco numa Kombi e trouxe para minha casa. Depois ficou tudo bem, mas aí eu não ia devolver o banco. Fizeram outro e ficou assim. Hoje, faço a abertura nesse banco histórico”, afirma Carlos Alberto, em entrevista à reportagem.

Novo formato

O apresentador voltou ao ar em 9 de julho, após ter as gravações suspensas repentinamente em março. Hoje, em tempos de pandemia intermináveis, é ele quem escolhe o que vai ao ar na reprise. “É tudo no ‘olhômetro’. Me dedico muito ao programa, escrevo alguns quadros, constantemente gravo e edito, então tenho tudo na mão e na cabeça. Pego o arquivo e fico vendo, ai escolhemos os melhores do ano.”

Desde então, o público reviu “personalidades” sentarem no banco, como João Canabrava (Tom Cavalcante), Zé Bonitinho (Jorge Loredo), Carlo Bronco (Ronald Golias), Tiririca e Jo Soy Jo (paródia de Jô Soares feita por Alexandre Porpetone) que, ao lado de Carlos Alberto, recebeu na “Praça” o cantor Agnaldo Rayol.

Depois de escolher o que vai ao ar, o apresentador recebe uma equipe enxuta em sua casa para gravar a abertura de cada bloco. Diretor do programa e filho de Carlos Alberto, Marcelo de Nóbrega foi temporariamente substituído pelo irmão Beto após oito paradas cardíacas –por essa razão, Marcelo entrou para o .